TSE mantém veiculação de propaganda de Bolsonaro com ofensas antigas de Alckmin a Lula
Corte também negou direito de resposta do ex-governador de SP
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira (20), por unanimidade, manter a veiculação da propaganda de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) que utiliza declarações do candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), com ofensas ao petista, quando eram adversários políticos. A Corte ainda negou um pedido de resposta apresentado pelo ex-governador de São Paulo.
No horário eleitoral gratuito em rádio e TV, a campanha de Bolsonaro tem veiculado um vídeo em que mostra Alckmin, quando candidato à Presidência pelo PSDB em 2018, acusando Lula de querer “voltar à cena do crime”.
"Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ele quer voltar à cena do crime. Está também em suas mãos evitar que a corrupção e a roubalheira voltem a comandar o País. Evitar a volta do petrolão. Evitar o fim da Lava Jato. É você que pode evitar que um preso condenado por corrupção seja solto" disse Alckmin.
Após a declaração de Alckmin, uma voz em off na propaganda diz: "se até o vice do Lula pensa assim, como é que eu vou confiar nele?".
Alckmin alega que foram utilizadas “falas descontextualizadas”, com “trucagem e montagem”, "no intuito de "incutir falsas ideias na mente do eleitor e desequilibrar" as eleições.
A relatora do caso, ministra Maria Claudia Bucchianeri, considerou, no entanto que a veiculação de posicionamentos antigos dos candidatos adversários fazem parte da disputa política.
