TV Globo renova contrato com a autora Glória Perez

Na última sexta-feira, a  TV Globo e a novelista Gloria Perez, renovaram contrato. Vale destacar que esse  vínculo se estende desde a década de 80. A emissora, inclusive, definiu que a próxima novela da autora será em meio a celebração dos 60 anos da emissora.    Nascida no Acre, no dia 25 de setembro de 1948, Glória Perez morou no seu estado até os 15 anos, após finalizar o ensino fundamental. Para dar continuidade aos estudos, seu pai escolheu se mudar para Brasília por ser uma cidade calma, como Rio Branco.       Na capital federal, terminou o ensino médio (ginasial na época) e começou a cursar Direito na Universidade de Brasília, mas não concluiu o curso devido a uma invasão militar no campus. Ao trancar a faculdade, no fim de 1968, Gloria se mudou para o Rio com o engenheiro Luis Saupiquet Perez, seu namorado na época. Em 1969, se casaram e tiveram três filhos: Daniella, Rodrigo e Rafael. Após o nascimento dos filhos, ela começou a estudar História na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Seu primeiro trabalho para a televisão foi escrevendo um episódio para a série "Malu Mulher" (1979), da TV Globo, que nunca chegou a ser gravado. Depois de quatro anos, o roteiro caiu nas mãos de Janete Clair, que se encantou com o texto e a convidou para colaborar em sua novela "Eu Prometo" (1983). Gloria teve que assumir a trama quando Janete descobriu que estava com câncer e teria que ausentar. Com este trabalho, a autora conquistou a direção da emissora. A autora e Luiz se divorciaram em 1984, mas ela manteve o nome de casada do ex-marido por ela já ser conhecida. No mesmo ano, assinou com Aguinaldo Silva "Partido Alto", mas a incompatibilidade de ideias entre os autores fez com que a novela não atingisse grande audiência e Aguinaldo se desligou da trama antes que ela chegasse ao fim. Gloria deixou a emissora e em 1987 escreveu "Carmem", para a extinta TV Manchete. Após três anos, retornou à TV Globo para escrever a minissérie "Desejo" e a novela "Barriga de Aluguel". O sucesso desses dois trabalhos fez com que a autora escrevesse sua primeira telenovela em horário nobre na TV Globo, "De Corpo e Alma" (1992). Durante o período de gravações, sua filha Daniella Perez foi assassinada pelo ator Guilherme de Pádua, companheiro de elenco. Essa perda fez com que a autora apoiasse penas mais rígidas para os crimes no Brasil. Em 1995, a novelista retornou à telinha com "Explode Coração", escreveu a minissérie "Hilda Furacão" e alguns episódios da série "Mulher". Em 1998, assinou o remake de "Pecado Capital", de Janete Clair. Uma das novelas mais marcantes da trajetória da autora foi o sucesso "O Clone" (2001). A perda de seu filho Rafael, no fim de 2002, foi outro baque em sua vida pessoal. O caçula nasceu com Síndrome de Down e faleceu vítima de uma infecção intestinal generalizada. Este incidente iniciou um quadro de depressão na dramaturga. Gloria voltou à TV em 2005 com "América" e escreveu "Caminho da Índias" em 2009. No mesmo ano, enfrentou mais um drama familiar: seu filho Rodrigo descobriu que tinha câncer e teve que passar por cirurgias e sessões de quimioterapia, mas felizmente se curou. Em 2012, ela colocou no ar mais uma novela, "Salve Jorge", que teve como enredo o tráfico de pessoas. Sua preocupação sempre foi abordar questões sociais em suas novelas, é uma das marcas da autora: barriga de aluguel ("Barriga de Aluguel", 1990), transplante de órgãos ("De Corpo e Alma", 1992), crianças desaparecidas ("Explode Coração", 1995), clonagem humana e drogas ("O Clone", 2001), deficiência visual ("América", 2005) e esquizofrenia ("Caminho das Índias", 2009).

Nos cliques abaixo, Glória Perez com os filhos Rafael e Daniela.