Um ano após ataque ao ônibus do Bahia ninguém foi preso
Não há prazo para o julgamento do caso
Foto: Divulgação/EC Bahia
Há exatamente um ano, em 24 de fevereiro de 2022, os jogadores do Esporte Clube Bahia foram surpreendidos com uma explosão quando faziam o trajeto de ida para a Arena Fonte Nova, onde enfrentaria o Sampaio Côrrea em uma partida da Copa do Nordeste.
O ônibus que transportava a delegação do clube foi atingido por rojões e artefatos explosivos manuseados por torcedores do time, que naquele momento não enfrentava um bom momento no futebol.
As investigações identificaram suspeitos que foram posteriormente denunciados por tentativa de homicídio pelo Ministério Público. Hugo Oliveira da Silva Santos, Janderson Santana Bispo, Marcelo Reis dos Santos Junior e Marcelino Ferreira Barreto Neto, todos integrantes da Torcida Organizada Bamor, eles respondem em liberdade.
O ataque feriu dois jogadores do clube, o goleiro Danilo Fernandes e o lateral esquerdo Matheus Bahia. Danilo sofreu múltiplos ferimentos e chegou a ser hospitalizado, ele recebeu 20 pontos e chegou a correr o risco de perder a visão. Nos meses seguintes ao ataque, o jogador ainda retirava estilhaços do corpo.
Apesar das autoridades competentes prometerem rápida investigação e punição dos envolvidos, ninguém foi preso. Na ocasião, o advogado da Bamor, alegou que no dia do atentado, seus clientes soltaram fogos para incentivar o time antes do jogo.
Resoluções
O Tribunal de Justiça da Bahia afirma que a investigação foi concluída e que a 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Salvador recebeu a denúncia do Ministério Público. O Ministério Público alega que fez o seu papel ao denunciar os suspeitos e o processo está com a Justiça.
Em fevereiro de 2022, a Polícia Civil (PC)indiciou os quatro suspeitos por lesão corporal leve e crime contra a incolumidade pública (expor alguém ou algum grupo a perigo, ou risco), na modalidade explosão. Não há prazo para julgamento do caso.