Um ano após o assassinato de Mãe Bernadete, familiares da ialorixá seguem sob proteção do estado
Suspeitos do crime vão a júri popular; outros dois seguem foragidos
Foto: Conaq
Um depois do assassinato da líder quilombola e ialorixá Mãe Bernadete Pacífico, dois familiares dela seguem sob proteção do estado por serem testemunhas do crime. É o caso do filho da vítima, Jurandir Pacífico, e do neto Wellington Gabriel dos Santos.
No dia 17 de agosto, Mãe Bernadete foi morta a tiros dentro da própria casa, no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.
O neto da ialorixá, Wellington, estava na casa invadida pelos suspeitos. Ele foi isolado em um quarto enquanto sua avó era executada com mais de 20 disparos. Já Jurandir virou líder da comunidade após o assassinato a mãe e do irmão, Flávio Gabriel Pacifico dos Santos morto a tiros em 2017.
Flávio Gabriel, conhecido como “Binho do Quilombo”, era filho de Mãe Bernadete. Ela cobrava que os assassinos do seu filho fossem presos.
Investigações
A última atualização do assassinato de Mãe Bernadete foi dada no mês passado. Os três suspeitos de envolvimento no crime vão a júri popular.
Os acusados são: Arielson da Conceição Santos, Marílio dos Santos e Sérgio Ferreira de Jesus. Eles vão responder por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe, de modo cruel e sem possibilitar a defesa da vítima.
De acordo com os investigadores, o trio integrava uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e Mãe Bernadete se opunha às ações deles. Outros dois suspeitos — Josevan Dionísio dos Santos e Ydney Carlos dos Santos de Jesus — estão foragidos.