União Europeia planeja investimento de 800 bilhões de euros para defesa própria e Ucrânia após EUA pausarem ajuda

A chefe de governo da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen, informou nesta terça-feira (4) que a Europa prepara um plano de 800 bilhões de euros, equivalente à cerca de R$ 4,9 trilhões, para reforçar as defesas das nações da UE e diminuir o impacto da retirada da força militar estadunidense que ajudam a Ucrânia.

A decisão ocorre após o anúncio dos Estados Unidos (EUA), na noite de segunda-feira (3), de que vai pausar a ajuda norte-americana à Ucrânia. A UE pretende que graças ao investimento, a Ucrânia tenha força militar para negociar com a Rússia, mesmo sem o apoio dos EUA.

Ursula von der Leyen disse que a proposta será apresentada aos 27 líderes da UE que devem se reunir em Bruxelas, capital da Bélgica, na próxima quinta-feira (6), em uma reunião de emergência após o presidente Donald Trump deixar incerto se manterá a aliança com o continente europeu e os compromissos com a Ucrânia.

Com o desacordo entre a Europa e EUA, será necessário um investimento muito grande na defesa dos países, ao considerar que grande parte do poder militar que protegia a Europa vinham dos recursos nucleares estadunidenses.

Von der Leyen afirmou que a primeira etapa da decisão é diminuir as restrições fiscais que a UE impõe aos gastos de orçamentos, para permitir um maior investimento em recursos para a defesa dos países. A estratégia está unida a um serviço de empréstimos de 150 bilhões de euros para permitir que os estados da UE invistam em defesa.

A representante pontuou que para a situação ficar favorável, será necessário um investimento militar em sistemas de artilharia, mísseis e munição, drones e sistemas anti drone e preparação cibernética.