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Usina termelétrica de Camaçari se torna 'elefante branco' com operações paralisadas

Estatal desembolsou mais de R$ 500 milhões em construção e compra total da usina

Por Da Redação
Ás

Usina termelétrica de Camaçari se torna 'elefante branco' com operações paralisadas

Foto: Reprodução/ Flickr

Um dos principais investimentos da Petrobrás na Bahia é a usina termelétrica de Camaçari, porém, o local tornou-se um 'elefante branco', com operações paralisadas, custos milionários e com incertezas sobre seu futuro. Apenas para compra total da usina e construção, a estatal desembolsou mais de R$ 500 milhões. 

De acordo com o Estadão, a Petrobrás já pediu o encerramento formal das operações da usina porque não consegue vender a energia ao preço que seria necessário para cobrir os custos de manutenção, além da tecnologia usada na montagem da planta. 

A estatal foi erguida em 2001 pelo valor de cerca de R$ 330 milhões na cotação atual, ela tem a capacidade de gerar 120 megawatts de energia. Mas, três anos depois, uma empresa brasileira decidiu que teria controle total da usina e desembolsou mais R$ 240 milhões para manter 100% do negócio. Porém, em 2017, a usina estava completamente inviabilizada.

Com isso, a Petrobrás justificou para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que a “Termocamaçari já não se mostra economicamente viável no mercado de energia”, por causa da “ausência de condições operativas”.

Em documento confidencial enviado à Aneel em 4 de fevereiro, a Petrobrás teria confirmado à agência que a planta não tem mais nenhum contrato de energia em andamento e que a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) já teria sido informada sobre a revogação. A decisão ainda precisa ser oficializada pela diretoria da agência.

Através de nota enviada à reportagem, a Petrobrás informou que desde 2017 “a unidade está sem contrato de comercialização de energia, apesar dos esforços na busca de novos contratos que viabilizassem a continuidade”. Questionada sobre a planta e os equipamentos, a petroleira antiga que “serão conservados de modo a manterem a integridade operacional, enquanto se concluem os estudos que definirão a destinação da UTE (usina termoelétrica)”.

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