Uso contínuo do cheque especial continua alto, alerta Banco Central
Medida está em vigor desde julho do ano passado

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
Mesmo após o anúncio da autorregulação, continua alto o uso do cheque especial, modalidade de crédito mais cara para as famílias, relata o Banco Central (BC). A regulação foi adotada por bancos há pouco mais de um ano.
De acordo com dados do BC, em junho deste ano, o saldo do cheque especial (R$ 25,755 bilhões) representava 2,5% do crédito livre ofertado para as famílias (R$ 1,008 trilhão). Já em junho de 2018, o percentual estava em 2,7%, com saldo do cheque especial em R$ 23,970 bilhões.
A medida vale desde julho de 2018. Estabelece a oferta automática de parcelamento mais barato para consumidores que usam mais de 15% do limite por 30 dias consecutivos. Tal oferta é feita nos canais de relacionamento e é o cliente quem decide se adere à proposta. Caso não aceite, um novo contato é feito a cada 30 dias.
Entenda
Pelas regras da autorregulação, nos extratos bancários dos clientes, o saldo em conta deve ser informado de forma separada do limite do cheque especial, para que o usuário não confunda o valor do crédito como sendo saldo positivo da própria conta.
Esta iniciativa dos bancos também estabeleceu que as instituições financeiras passassem a usar os canais de relacionamento com o cliente, como internet e telefone, para alertar o consumidor toda vez que ele entrar no cheque especial.
No alerta, os bancos informam que esse crédito deve ser utilizado em situações emergenciais e temporárias.