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Saúde

Vacina brasileira contra a mpox será submetida à Anvisa para obter autorização de testes em humanos

Dose utiliza um vírus atenuado e não replicativo, o que o torna extremamente seguro, diz especialistas

Por Da Redação, Agência Brasil
Ás

Vacina brasileira contra a mpox será submetida à Anvisa para obter autorização de testes em humanos

Foto: NIAID

O Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está prestes a iniciar a fase final no desenvolvimento de uma vacina nacional contra a mpox, também conhecida como varíola dos macacos, com testes em humanos. A equipe do CTVacinas está preparando o Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) para submeter à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e obter autorização para começar os testes em humanos.

O desenvolvimento do imunizante ganhou destaque após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a mpox uma emergência em saúde pública de importância internacional, devido ao risco de disseminação global e a possibilidade de uma nova pandemia. No entanto, a vacina já vinha sendo desenvolvida há dois anos, desde a primeira emergência global causada pela doença.

Segundo a UFMG, a vacina utiliza um vírus atenuado e não replicativo, o que a torna “extremamente segura”, inclusive para imunossuprimidos e gestantes. Os testes iniciais apresentaram resultados promissores, mostrando a indução de neutralizantes, uma resposta celular robusta e uma forte defesa contra a doença.

Nas redes sociais do CTVacinas, Karine Lourenço, líder da Plataforma de Vetores Virais e Expressão de Célula Eucariota, afirmou que, durante a fase de pesquisa, a vacina demonstrou ser “protetora e esterilizante”. Lourenço destacou que o Brasil já tem a capacidade de produzir em larga escala a cepa atenuada do vírus vaccinia, causador da doença, e está preparado para submeter a vacina à Anvisa e, eventualmente, iniciar o ensaio clínico.

Casos

O último boletim da OMS, divulgado em 12 de agosto deste ano, traz os números da doença de janeiro de 2022 até 30 de junho de 2024. Segundo a organização, foram confirmados 99.176 casos e 208 mortes. Durante o período, o vírus foi reportado em 116 países, incluindo o Brasil.

Dez países concentraram mais de 80% dos casos no período:

  • Estados Unidos: 33.191
  • Brasil: 11.212
  • Espanha: 8.084
  • França: 4.272
  • Colômbia: 4.249
  • México: 4.124
  • Reino Unido: 3.952
  • Alemanha: 3.857
  • Peru: 3.875
  • República Democrática do Congo: 2.999

No Brasil, foram notificados 709 casos em 2024, sem nenhuma morte, segundo o Ministério da Saúde. O último óbito foi registrado em abril de 2023.

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