Vacina contra Covid-19 não tem capacidade de desparecer com o vírus, afirma OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quarta-feira (18), que, embora os resultados positivos, as vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, não têm a capacidade de desaparecer com o vírus. Além disso, a OMS afirmou que campanhas substanciais de vacinação apenas ocorrerão em quatro ou seis meses. Segundo o diretor de operações da OMS, Mike Ryan, a vacina será um "enorme instrumento extra" para lutar contra a pandemia. Contudo, segundo ele, “é uma ilusão pensar que a vacina será a solução definitiva e insiste que as doses não chegarão a grande parte da população no curto prazo”. "Teremos mais 4 a 6 meses até que haja uma vacinação substancial", completou.

Até o momento, as projeções indicam que um bilhão de pessoas já poderão ser vacinadas até o final de 2021. Mas, no primeiro semestre, o abastecimento será limitado. Documentos internos da aliança de vacinas Covax apontam que adultos e jovens devem ser vacinados apenas em 2022, já que os primeiros lotes terão de ser destinados a idosos, profissionais de saúde e pessoas com doenças crônicas.

Segundo a OMS, a preocupação é de que os dados divulgados sobre a eficácia de vacinas levem uma parcela da sociedade a abandonar medidas de controle, justamente num momento em que os números de novos casos batem recorde. A diretora técnica da OMS, Maria van Kerkhove, defende que governos insistam em manter as políticas de controle. "A vacina não existe ainda. Mas vimos como certos governos conseguiram agir", afirmou. "A vacina é a esperança. Mas o comportamento das pessoas também é a esperança", disse.