Vacina da AstraZeneca protege contra variante sul-africana da Covid, garante estudo
Resultados preliminares de estudo levaram à suspensão do uso pelo país africano
O líder do estudo clínico da vacina AstraZeneca na África do Sul, que levantou riscos do imunizante não proteger contra a variante do coronavírus detectada na África do Sul, afirmou que o fármaco contra a Covid-19, desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford (Reino Unido), previne doenças graves causadas pela linhagem sul-africana.
Os resultados preliminares do estudo levaram à suspensão do uso do fármaco pelo país africano. Shabir Madhi, principal investigador do estudo e reitor da escola de medicina do Universidade de Witwatersrand em Joanesburgo, declarou que, quando analisado a prevenção de doenças, o imunizante da AstraZeneca pode ser comparado ao da Johnson & Johnson, que indicou uma eficácia de 66%.
A fórmula da AstraZeneca era uma das principais apostas do continente africano por ser barata e de fácil armazenamento e transporte, ao contrário da vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech, que precisa ser mantida a -75°C. Dos 39 voluntários do estudo da AstraZeneca infectados com a nova variante sul-africana, 19 receberam a vacina, enquanto 20 receberam um placebo, informou Madhi. Esses números implicariam em uma taxa de eficácia de cerca de 10% na proteção contra Covid-19 leve e moderada da nova variante.