Vacina de Oxford contra Covid-19 pode ficar pronta em setembro
Imunizante em fase de testes, é o mais avançado em desenvolvimento no mundo
Foto: Agência Brasil
A vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford em conjunto com a farmacêutica Astrazeneca, poderá encerrar os testes em humanos em setembro, segundo informou Sarah Gilbert, cientista por trás dos estudos na faculdade britânica.
Após a finalização dos testes, o imunizante, considerado em fase mais avançada no mundo, depende do processo de fabricação e distribuição. Estimativas iniciais indicam que a vacina deve chegar ao Brasil no primeiro semestre de 2021.
Os resultados da primeira fase deverão ser divulgados oficialmente nesta segunda-feira (20), “Esperamos que o artigo, que está em fase final de edição, seja publicado em 20 de julho, para divulgação imediata”, disse a revista The Lancet através de nota.
Os pesquisadores acreditam que a vacina, que se encontra na terceira e última etapa de testes, possui aproximadamente 80% de eficácia na prevenção da forma grave da doença.
Diante do cenário da pandemia, a equipe de Oxford desenvolveu uma tecnologia com intuito de acelerar o processo. O planejamento da Astrazeneca é que sejam produzidas mais de 2 bilhões de doses.
O imunizante apresentaria dois resultados positivos: além de criar anticorpos contra a covid-19, também induziria a produção de células T do sistema imunológico, que atuam no sistema de defesa do organismo.
No total, 50 mil pessoas participam dos testes da vacina de Oxford em todo mundo, sendo que 10% delas são brasileiras. No país, os testes ocorrem em parceria com a Universidade Federal de São Paulo, Instituto D´Or e Fundação Lemann.
O investimento global para o desenvolvimento de uma vacina contra a covid já bateu recorde de R$ 20 bilhões de dólares.