Coronavírus

Variante Lambda do coronavírus se espalha pela América do Sul e preocupa OMS

Especialista acredita que essa variante tem uma maior transmissibilidade

Por Da Redação
Ás

Variante Lambda do coronavírus se espalha pela América do Sul e preocupa OMS

Foto: Getty Images

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre a mais recente variante do novo coronavírus chamada de 'lambda'. A mais recente variante foi encontrada pela primeira vez em agosto de 2020 no Peru. Na ocasião, foi batizada de C.37 ou "variante andina". Na última terça-feira (15), a OMS declarou que essa nova versão do vírus deve ser considerada "de interesse", categoria em que se encontram outras seis mutações da Sars-CoV-2 e que, ao confirmar a transmissão comunitária, deve ser devidamente investigada por cientistas para medir seu impacto, principalmente na América do Sul.

A OMS divide as variantes em dois tipos: as de "interesse", mencionadas acima, e as de "preocupação". De acordo com a OMS, as variantes que se encontram na segunda categoria são: a alfa (a variante britânica), a delta (indiana) e a gama (brasileira pu P.1). As de "preocupação" geralmente são mais transmissíveis e violentas e, por isso, são menos suscetíveis a medidas sociais, vacinas e outros tratamentos disponíveis.

De acordo com o último relatório da OMS, a lambda está associada a "taxas substanciais de transmissão comunitária em vários países", incluindo Peru, Chile, Argentina e Equador. Após monitoramento, a OMS concluiu que esta variante carrega uma série de mutações que podem ter "implicações fenotípicas", como um possível "aumento da transmissibilidade" ou "resistência a anticorpos neutralizantes".

O site especializado GISAID aponta que, até 15 de junho, essa variante estava presente em pelo menos 29 países no mundo, com grande presença na América do Sul. No Chile, por exemplo, houve forte crescimento da variante lambda, que hoje representa 32% dos casos sequenciados notificados nos últimos 60 dias, segundo a OMS. Já a Argentina "relatou uma prevalência crescente da lambda desde a terceira semana de fevereiro de 2021, e entre 2 de abril e 19 de maio de 2021, a variante representou 37% dos casos sequenciados de covid-19", diz o relatório da OMS.

O médico especialista em microbiologia molecular e coordenador do Laboratório de Genômica Microbiana do Peru, Pablo Tsukayama, está por trás das pesquisas que identificaram a nova linhagem do SARS-CoV-2. Em entrevista à BBC News Mundo (serviço de notícias em espanhol da BBC), ele afirma que ainda há muitas questões a serem resolvidas em relação à lambda, mas que, possivelmente, essa variante tem uma maior transmissibilidade.

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