Veja lista de motéis usados pelo PCC para lavar dinheiro que já foram identificados
Empreendimentos movimentaram mais de R$ 450 milhões em quatro anos

Foto: Reprodução
Uma rede com cerca de 60 motéis e empresas hoteleiras era usada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) em nomes de laranjas para lavar dinheiro do crime organizado, revelou uma investigação da Receita Federal e do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) nesta quinta-feira (25).
Os motéis movimentaram mais de R$ 450 milhões entre 2020 e 2024. Alguns estabelecimentos já foram identificados e estão localizados em Ribeirão Pires, Itaquaquecetuba, Santo André, São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e em bairros da Zona Leste de São Paulo.
Confira a lista de estabelecimentos que já foram identificados:
Maramores Empreendimentos Hoteleiros
Motel Uma Noite em Paris
Motel Chamour
Motel Casual
Sunny Empreendimentos Hoteleiros
Mille Motel
Marine Empreendimentos Hoteleiros
Ceesar Park Empreedimentos Hoteleiros
Motel Vison
Entenda
A Operação Spare, conduzida pela Receita Federal e pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), desvendaram um complexo e milionário esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) que operava através de mais de 60 motéis e movimentou R$ 450 milhões entre 2020 e 2024.
De acordo com a operação, os estabelecimentos, frequentemente registrados em nome de “laranjas”, serviam para ocultar patrimônio de uma rede criminosa investigada na “Operação Carbono Oculto”, que apurou a infiltração de membros da organização criminosa no setor de combustíveis.
A nova ofensiva identificou o uso de empreendimentos imobiliários e motéis como instrumentos para a ocultação patrimonial. Além de movimentar centenas de milhões, esses motéis contribuíram significativamente para o aumento patrimonial dos sócios, com a distribuição de R$ 45 milhões em lucros e dividendos no período analisado.
O uso dos motéis para a lavagem de dinheiro foi detalhado na denúncia do Ministério Público. As empresas do ramo hoteleiro transferiam valores para uma instituição de pagamento utilizada pela organização criminosa, que funcionava como um "buraco negro" para as operações financeiras.