Veja Vídeo: Jornalista critica publicação de estudos científicos sem relevância
"Pandemia apocalíptica” é oportunidade para crimes, diz Karina Michelin

Foto: Reprodução/ Instagram
A jornalista Karina Michelin publicou no domingo (28), nas redes sociais, um vídeo falando sobre a relação da mídia com a ciência durante a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Ela chamou a atenção para o avalanche de publicações de estudos sobre cientistas que não são relevantes. De acordo com Michelin, existe uma métrica chamada de H-Index que é responsável por medir a produtividade e o impacto científico dos estudos de cada cientista do mundo. Ainda de acordo com a jornalista, o índice serve como um termômetro que distingue bons cientistas de “cientistas fracos”.
No vídeo, Michelin diz também que durante a pandemia a mídia vem dando voz para cientistas pouco relevantes. Fazendo comparações, ela citou no vídeo publicações de notícias sobre questões da pandemia.
Michael Levitt, nobel de Química 2013 que tem o H-Index 93, diz que o isolamento social pode matar mais do que salvar vidas e que os danos causados pelo confinamento será maior do que o próprio novo coronavírus. E outra, onde o biólogo e pesquisador Atila Iamarino, que tem o H-Index 10, defende o confinamento social para evitar o colapso.
Já Karl Friston, especialista em Covid-19, que tem o H-Index 234, também citado pela jornalista na publicação, afirma que a maioria das pessoas são imune ao novo vírus e que 80% das pessoas não seriam suscetíveis ao vírus. Já o pesquisador Eurico de Arruda diz que que os coronavírus não induzem uma imunidade duradoura e protetora, o H-Index dele é 33, de acordo com a jornalista.
Um dos principais defensores do uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, o médico francês Didier Raoult, que tem o H-Index 179, apresentou resultados de um novo estudo que diz que o uso do medicamento é eficaz no tratamento da doença causada pelo novo coronavírus. Em comparação, o pesquisador João Viola, que tem o H-Index 31, diz que o uso da hidroxicloroquina contra a Covid-19 é perigoso.
“Enquanto uma maioria de cientistas com o H-Index baixíssimo inferior a 40 defendem uma nova onda da Covid-19, outros cientistas com o H-Index elevadíssimo acima de 160 defendem que a epidemia esteja acabando”, disse Karina Michelin em vídeo no Instagram.
No final do vídeo, a jornalista disse que a narrativa da “pandemia apocalíptica” está se revelando uma oportunidade para crimes, jogos políticos e financeiros. Segundo ela, “o dano psicológico de 2020 é certo e imensurável”.
Confira no vídeo abaixo: