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Economia

Venda de quase US$ 70 bilhões em reservas do governo não impede disparada do dólar

Para Paulo Guedes, queda da Silic influenciou o resultado

Por Da Redação
Ás

Venda de quase US$ 70 bilhões em reservas do governo não impede disparada do dólar

Foto: Reprodução

O Banco Central retomou em agosto de 2018 a venda direta de dólares das reservas internacionais e se desfez de US$ 68,273 bilhões até março deste ano, segundo números oficiais. 

O valor foi absorvido pelo mercado financeiro, mas não impediu a disparada do dólar, que subiu 45% (R$ 3,87) desde o fim de 2018 até o fechamento de março de 2021, em R$ 5,62.

A alta no dólar dificulta as viagens de brasileiros ao exterior, bem como a compra de ativos fora do Brasil. Também torna mais difícil o controle da inflação, pois os insumos e produtos importados ficam mais caros, ao mesmo tempo que favorece as vendas externas. 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem citado que a Selic tem sido a principal causa para a alta do dólar no governo Bolsonaro. "Nós apertamos o [cenário] fiscal. A taxa câmbio de equilíbrio está mais alta. Não é R$ 1,80, como no passado. Nós costumávamos ter taxa de juros de dois dígitos, e câmbio de R$ 1,80 a R$ 2,20", disse ele na semana passada, em videoconferência.

Ainda segundo ele, as tensões no mercado, consequência do novo coronavírus, também têm puxado o dólar para cima. "Houve um ‘overshooting’ [forte alta], mas estamos andando com as reformas fundamentais. Assim que o Brasil retomar o crescimento, avançar na vacinação em massa, e em três, quatro meses.. provavelmente a taxa de câmbio vai cair. Eu não posso prometer nada, exceto trabalho duro", disse ele na última semana.

Reservas internacionais

As reservas internacionais são os dólares acumulados pelo governo, similar a um poupança. Por isso, o volume de dinheiro é um importante indicador para o país. A vantagem de ter dólares em caixa é que isso dá garantias contra eventuais crises no mercado internacional. No entanto, a venda das do Brasil não diminuiu a disparada do dólar.

Contudo, sem a venda das reservas internacionais nos últimos anos, a dívida bruta estaria acima do patamar recorde de 90% do PIB registrado em fevereiro deste ano.

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