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Bahia

Vendas do varejo baiano avançam 0,2% de junho para julho e 6,6% frente a julho de 2020, aponta pesquisa

A alta foi puxada mais uma vez por vestuário

Por Da Redação
Ás

Vendas do varejo baiano avançam 0,2% de junho para julho e 6,6% frente a julho de 2020, aponta pesquisa

Foto: Reprodução / Globo Play

No mês de julho, as vendas do varejo na Bahia apresentaram variação positiva (0,2%) frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após o recuo verificado na passagem de maio para junho (-3,3%), segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira (10) pelo IBGE. 

O resultado do comércio varejista baiano entre junho e julho (0,2%) ficou abaixo do verificado no Brasil como um todo (1,2%) e foi a menor variação positiva entre os 19 estados que mostraram crescimento das vendas nessa comparação.

Rondônia (17,5%), Santa Catarina (12,5%) e Paraná (11,1%) tiveram os maiores aumentos nas vendas do varejo, enquanto Minas Gerais (-2,1%), Amazonas (-1,5%) e Rio Grande do Norte (-1,5%) apresentaram as quedas mais intensas.

Com o resultado positivo de junho para julho, o volume de vendas do comércio varejista na Bahia seguiu 1,4% acima do patamar verificado no pré-pandemia, em fevereiro de 2020.

O desempenho do varejo baiano seguiu positivo também na comparação de julho/21 com julho/20, com avanço de 6,6%. Foi o quarto crescimento consecutivo das vendas nesse confronto, mas o ritmo de alta vem se reduzindo mês a mês (as taxas haviam sido de 36,6% em abril, 29,4% em maior e 16,8% em junho). 

O desempenho das vendas do varejo baiano nessa comparação foi melhor que o nacional (5,7%) e o 10º entre os estados, num ranking liderado por Rondônia (35,8%), Piauí (25,5%) e Mato Grosso do Sul (18,0%). Amazonas (-9,7%), Maranhão (-8,1%) e Ceará (-6,7%) tiveram os piores resultados.

Com o desempenho do mês, o varejo baiano acumula alta de 10,0% nas vendas, de janeiro a julho de 2021, frente ao mesmo período do ano anterior. O resultado na Bahia ficou acima do nacional (6,6%) e é o 9º entre os estados.

No acumulado nos 12 meses encerrados em julho (frente aos 12 meses anteriores), as vendas do comércio varejista na Bahia também seguem avançando (6,5%, frente a 5,7% até junho). O Brasil como um todo tem crescimento de 5,9% nos 12 meses encerrados em julho. O resultado baiano é apenas o 14º entre as 27 unidades da Federação.

Em julho, 6 das 8 atividades do varejo baiano têm altas nas vendas, puxadas mais uma vez por vestuário (114,8%)


Em julho, na Bahia, 6 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2020.

A maior taxa de crescimento e a principal contribuição para o resultado positivo em geral veio, pelo quarto mês consecutivo, do segmento de tecidos, vestuário e calçados (114,8%), que superou com folga a queda que havia sido registrada em julho de 2020, frente ao mesmo mês de 2019 (-51,4%). 

Assim como também vem ocorrendo desde abril, as vendas de outros artigos de uso pessoal (50,6%) tiveram a segunda maior alta e a segunda principal contribuição para o bom resultado geral do varejo baiano em julho. A atividade, que concentra as vendas dos grandes varejistas on-line, apresentou seu quinto crescimento consecutivo.

Os dois segmentos do varejo restrito baiano em queda, em julho, foram os de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-8,1%, principal influência para baixo no resultado geral do setor) e móveis e eletrodomésticos (-19,6%).

Atividade de maior peso na estrutura do comércio na Bahia, os supermercados tiveram, em julho, seu nono resultado negativo consecutivo (as vendas recuam desde novembro de 2020). Já as vendas de móveis e eletrodomésticos mostraram um primeiro recuo, depois de seis meses seguidos em alta (de janeiro a junho) e de terem fechado o ano de 2020 com o melhor desempenho entre os segmentos do varejo no estado (14,5%).

Vendas do varejo ampliado na Bahia têm leve recuo de junho para julho (-0,2%), mas se mantêm em alta frente a julho/20 (12,6%)

Em julho, diferentemente do que ocorreu com o varejo restrito, o volume de vendas do comércio varejista ampliado baiano seguiu em queda (-0,2%) frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. Foi o segundo recuo consecutivo no indicador para o estado, porém menos intenso que o registrado em junho (-1,9%).

O resultado apresentado na Bahia ficou aquém do verificado no país como um todo, onde houve crescimento (1,1%).

Frente ao mesmo mês do ano anterior, porém, as vendas do varejo ampliado na Bahia seguiram em alta em julho (12,6%). Foi um resultado melhor que o do Brasil como um todo (7,1%) e o quinto aumento consecutivo para o estado.

Entretanto, esse crescimento se deu em cima de uma queda registrada em julho de 2020, frente ao mesmo mês de 2019 (-8,2%).

O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.

No confronto com julho de 2020, as vendas de veículos na Bahia apresentaram o sexto crescimento consecutivo (55,1%). O estado teve, mais uma vez, o segundo maior aumento das vendas de veículos entre as 12 unidades da Federação onde a atividade é pesquisada, abaixo só de Pernambuco (66,6%).

Esse aumento se deu, porém, em cima de uma forte queda (-34,7%) em julho 20/julho 19.

Já as vendas de material de construção na Bahia, apresentaram, em julho, pelo segundo mês consecutivo, o maior recuo do país dentre os 12 estados onde o segmento é investigado (-23,5%).

Este foi o segundo maior recuo da série histórica para o indicador no estado e se deu em cima do segundo maior aumento, registrado em julho de 2020 frente ao mesmo mês em 2019 (35,8%).

Nos primeiros sete meses de 2021, o varejo ampliado da Bahia seguiu acumulando alta nas vendas (16,0%), acima do Brasil como um todo (11,4%). Nos 12 meses encerrados em julho, o acumulado também segue positivo (7,9%), acelerando em relação aos 12 meses encerrados em junho (6,1%), porém ainda num patamar levemente inferior ao nacional (8,4%).
 

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