Vendas no varejo baiano têm pior desempenho desde o ano 2000
Móveis, eletrodomésticos e livros foram os itens que mais recuaram de maio para junho

Foto: Reprodução/ Freepik
Após dois meses em alta (0,7% de março para abril e 1,4% de abril para maio), as vendas do varejo baiano caíram 3,5% de maio para junho. Os números da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registraram o pior desempenho do varejo baiano desde o início da série histórica da PMC, em 2000.
Foi também o terceiro maior recuo entre os estados, ficando acima apenas do Piauí (-10,0%) e do Rio Grande do Sul (-3,7%). Roraima (3,4%) e Minas Gerais (1,7%) foram os destaques positivos nessa comparação.
Em relação ao mesmo mês de 2018, também houve queda nas vendas do comércio no estado (-3,1%), após dois meses de avanços (2,1% em abril e 5,2% em maio). Foi o pior junho desde 2016 (-13,2%), fruto de quedas nas vendas de 6 das 8 atividades pesquisadas, puxadas pelos móveis e eletrodomésticos (-11,7%) e livros (-58,7%), esta última caindo seguidamente há quase um ano (desde julho de 2018).
Crescimento
As atividades de combustíveis e lubrificantes (9,0%) e tecidos, vestuário e calçados (2,1%) foram as únicas que apresentaram altas. Mas, apesar dos resultados de junho, as vendas do varejo baiano ainda fecharam o primeiro semestre com um crescimento acumulado de 0,8% frente ao mesmo período de 2018.
O resultado é um pouco melhor que o do país como um todo (0,6%) e o melhor primeiro semestre desde 2014 (7,2%). Nos 12 meses encerrados em junho, o comércio na Bahia também mantém variação positiva (0,5%), ainda que abaixo da média nacional (1,1%).
Em junho, o varejo ampliado - que compreende as vendas de veículos, motos, partes e peças (-7,5%) e de material de construção (-10,1%)- também recuou tanto em comparação a maio (-0,5%) quanto na comparação com junho de 2018.