Verão acende sinal de alerta para quem convive com lúpus!
Aos detalhes...

Foto: Divulgação
Apesar de o verão ainda não ter começado oficialmente, as temperaturas já altas em Salvador e em outras cidades da Bahia reforçam o alerta para os cuidados com a pele, especialmente para quem convive com lúpus. Segundo a dermatologista Priscila Fróes, da Novaimuno, unidade de saúde do Grupo CITA, a maior incidência de sol nesta época do ano coincide com os momentos de maior exposição aos raios ultravioleta (UV), o que exige atenção redobrada. “Isso porque uma parcela significativa dos pacientes com esta doença desenvolve sensibilidade a este tipo de radiação. Estimativas internacionais apontam que entre 40% e 70% dessas pessoas apresentam fotossensibilidade”, afirma.
O lúpus é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, cujos sintomas variam de pessoa para pessoa e podem surgir em qualquer fase da vida, embora seja mais comum em mulheres entre 20 e 45 anos. “Entre os sinais gerais da condição estão dores nas articulações, cansaço, mal-estar e erupções ou manchas avermelhadas na pele, que podem aparecer ou se agravar com a exposição solar. Mesmo em momentos de remissão, o sol pode provocar reativação da doença”, detalha a dermatologista.
Para a proteção, a orientação da médica é adotar medidas rigorosas, como evitar exposição entre 10 e 16 horas (quando a radiação UV costuma ser mais intensa), sair de casa preferencialmente antes dos horários mais críticos, aplicar protetor solar com amplo espectro (UVA/UVB) e fator de proteção elevado, e reaplicar a cada duas horas, mesmo em dias nublados; e usar roupas com proteção UV ou peças que cubram braços e pernas, além de chapéus / bonés e óculos solares.
Priscila Fróes conta ainda que, além de evitar o surgimento ou piora de lesões cutâneas, essas precauções ajudam a prevenir os riscos a longo prazo, como o desenvolvimento de câncer de pele, o tumor mais frequente no Brasil. “Recentemente, estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontaram que o país contabiliza mais de 220 mil novos casos de câncer de pele não melanoma anualmente. Portanto, para quem convive com lúpus, a proteção solar deixa de ser apenas um cuidado estético e torna-se uma parte essencial da rotina de saúde”, conclui.


