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'Vergonhosa página da diplomacia de Israel', diz chanceler brasileiro sobre postura israelense após fala de Lula

Ao criticar ação de Israel na guerra na Faixa de Gaza, Lula fez comparação com o holocausto

Por Da Redação
Ás

'Vergonhosa página da diplomacia de Israel', diz chanceler brasileiro sobre postura israelense após fala de Lula

Foto: Reprodução / Redes sociais

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou na noite desta terça-feira (20) que a postura israelense após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a guerra em Gaza é uma "vergonhosa página da diplomacia de Israel" ao acusar o presidente Lula “com recurso a linguagem chula e irresponsável”.

Lula comparou a ação israelense ao extermínio de milhões de judeus pelos nazistas chefiados por Adolf Hitler no século passado. "O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus", disse o presidente.

Em reação, Israel declarou Lula persona non grata no país. Mais cedo nesta terça, o chanceler israelense, Israel Katz, divulgou texto no qual afirmou que "milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu [de Lula] pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler?"

"Que vergonha. Sua comparação é promíscua, delirante. Vergonha para o Brasil e um cuspe no rosto dos judeus brasileiros. Ainda não é tarde para aprender História e pedir desculpas. Até então - continuará sendo persona non grata em Israel!", continuou Katz.

Em declarações divulgadas pelo Itamaraty, dadas a duas agências de notícias internacionais (Reuters e Bloomberg), Mauro Vieira repudiou as falas das autoridades israelenses.

"Uma chancelaria dirigir-se dessa forma a um chefe de Estado, de um país amigo, o presidente Lula, é algo insólito e revoltante. Uma chancelaria recorrer sistematicamente à distorção de declarações e a mentiras é ofensivo e grave. É uma vergonhosa página da história da diplomacia de Israel, com recurso à linguagem chula e irresponsável", afirmou Vieira.

Para o ministro, as autoridades israelenses fizeram do episódio uma "cortina de fumaça" para desviar a atenção das mortes em Gaza.

"Além de tentar semear divisões, busca aumentar sua visibilidade no Brasil para lançar uma cortina de fumaça que encubra o real problema do massacre em curso em Gaza, onde 30 mil civis palestinos já morreram, em sua maioria mulheres e crianças, e a população submetida a deslocamento forçado e a punição coletiva", declarou o ministro.

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