Viagem de avião só em caso de necessidade, alertam especialistas
Além disso, eles alertaram sobre a importância contínua do uso de máscara e álcool em gel
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Os especialistas afirmaram que as viagens de avião têm que ser feitas somente em casa de necessidade. Apesar da diminuição drástica do movimento em aeroportos, desde a chegada da covid-19, no Brasil, há quem precise encarar terminais e voos, mesmo se expondo ao risco de contrair o novo coronavírus.
Além disso, eles alertaram sobre a importância contínua do uso de máscara e álcool em gel durante todo o percurso da viagem. “O grande problema talvez nem seja dentro do avião, mas, sim, o deslocamento. A partir do momento que a pessoa não tem controle do ambiente e está em um local onde há muitas outras ao redor, fica-se mais exposta”, alerta a infectologista do Hospital Águas Claras, Ana Helena Germoglio. “Talvez, a pessoa só devesse viajar em caso de extrema necessidade e não ficar arrumando motivos ou desculpas. A recomendação é ficar em casa”, insiste a médica.
Os aeroportos e companhias aéreas foram os primeiros a adotar medidas de segurança e protocolos de higienização, como forma de prevenção da doença. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) também contabiliza o recuo do setor.
De acordo com o presidente, Eduardo Sanovicz, em abril, a redução do volume de passageiros nos terminais chegou a 92%.
“Neste cenário, operamos com 8% da malha. Hoje, em agosto, estamos chegando a 27% e temos a previsão de dobrar até o fim do ano, chegando em 60%, próximo ao Natal”, avalia. “Para isso, é necessário que melhore o cenário de combate à crise, considerando variáveis importantes: que o país tenha uma política efetiva, que a gente tenha um mínimo de estabilidade quanto às atividades econômicas e que haja o mínimo de segurança”, pondera. “Também, é preciso considerar o câmbio, uma vez que a aviação brasileira tem 51% do custo dolarizado”, acrescenta Eduardo.