Vice-PGR rejeita investigar Zambelli e Malafaia no inquérito das milícias digitais
Ação contra a parlamentar e o religioso partiu da bancada do PSOL na Câmara
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, defendeu junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a rejeição de pedido para incluir a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o pastor Silas Malafaia como investigados no inquérito das milícias digitais. A solicitação contra a parlamentar e o religioso partiu da bancada do PSOL na Câmara.
Segundo o Psol, houve 'intentona antidemocrática' de ambos aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) em vídeos em que “convocam” as Forças Armadas a não reconhecerem a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas e a promoverem intervenção.
Para Lindôra Araújo, as imputações feitas pelos parlamentares da oposição contra Malafaia e Zambelli “não veiculam elementos concretos e reais de inserção em uma organização criminosa que atenta contra a Democracia e o Estado de Direito” e, assim, não devem ser apuradas no inquérito das milícias digitais.
Os parlamentares do PSOL pediam investigação sobre o vídeo em que Zambelli questiona se os generais das Forças Armadas “vão querer prestar continência a um bandido” no dia 1º de janeiro, data da posse do presidente eleito. Com relação à Malafaia, os parlamentares do PSOL impugnaram gravação em que o religioso cobra uma reação de Bolsonaro contra decisões do ministro Alexandre de Moraes.
Ao Supremo, a bancada do PSOL na Câmara sustentou que as “intenções de ruptura democrática” são “nítidas” e que as manifestações extrapolam a liberdade de expressão.