Vice-Presidente do Flamengo explica motivo de briga com torcedores em coletiva

O vice-presidente de Futebol do Flamengo, Marcos Braz, realizou uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (21) para esclarecer o incidente envolvendo uma briga com torcedores em um shopping center do Rio de Janeiro na última terça-feira. Segundo Braz, o desentendimento ocorreu devido a uma ameaça feita à sua filha, que estava presente no momento e testemunhou o pai sendo ameaçado de morte.

O torcedor Leandro Gonçalves, por sua vez, alega que a maior ofensa proferida foi chamar o dirigente do Flamengo de "otário". Durante a coletiva, Braz afirmou ser vítima nessa situação, considerando seu papel como dirigente, vereador da cidade e suplente de deputado federal.

Braz explicou que foi ao shopping para encontrar sua filha, que completaria 15 anos no dia seguinte. Quando entrou em uma loja de joias, alguns torcedores começaram a fazer cobranças e provocá-lo. O dirigente rubro-negro relatou que permaneceu em silêncio, ouvindo as provocações, até que os torcedores se retirassem.

No entanto, Marcos Braz afirmou que sua filha veio encontrá-lo na loja, e momentos depois, os torcedores retornaram, retomando as cobranças. Ele declarou: "Uma filha de 14 anos, vendo o pai sendo xingado, ameaçado de morte. Isso começou a me tirar do sério. Fui falando com ele, falei várias vezes, sistematicamente, que a minha filha estava ali."

O dirigente admitiu que perdeu o controle após ouvir a frase "foda-se a sua filha" de um dos torcedores, afirmando que lembra de poucos detalhes após esse momento. Sobre a alegação de ter mordido a virilha de um torcedor, Braz disse que não se recorda completamente do incidente.

Ele aproveitou a coletiva para pedir desculpas pelo transtorno causado e esclareceu que não registrou presença na sessão da Câmara de Vereadores da cidade naquele dia para enganar o sistema. Braz explicou que é possível confirmar presença virtualmente nas sessões e que não esteve presente na terça-feira porque não confirmou a presença pessoalmente, como é exigido pelo sistema. O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro ouvirá Marcos Braz em relação ao caso.