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Vida oceânica pode entrar em colapso ainda nesta década, afirma estudo

O aumento costante da temperatura do planeta é a principal causa

Por Da Redação
Ás

Vida oceânica pode entrar em colapso ainda nesta década, afirma estudo

Foto: Reprodução/ Pixabay

Um estudo divulgado pelo periódico Nature aponta que o ecossistema oceânico pode entrar em colapso ainda nesta década. As pesquisas levam em consideração o aumento constante da temperatura do planeta, o que afeta diretamente o ambiente aquático, até mais do que o terrestre. 

Ainda de acordo com o material, a menos que líderes globais tomem ações efetivas de combate às mudanças climáticas, extinção semelhante pode acontecer com a vida terrestre nos anos 2040, com devastações de inúmeras espécies da Amazônia, Indonésia, Índia, Território do Norte na Austrália, África e Floresta do Congo.

O autor protagonista do estudo, Alex Pigot, afirma que esse declínio não se trata de apenas um oceano, mas sim de vários em diversas partes do mundo.  "Apesar de centenas de pesquisas se voltarem aos impactos do aquecimento global na biodiversidade, esse padrão abrupto não havia sido detectado, pois várias delas projetaram um ou poucos cenários do futuro, como em 2070 ou 2100", disse.

Projeções

Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores dividiram o planeta em "blocos" de 100 quilômetros quadrados cada. Dentro de cada um foram analisadas faixas geográficas que continham mais de 30 mil espécies de pássaros, mamíferos, répteis, anfíbios, peixes e outros animais e plantas. Então, os dados foram comparados a históricos climáticos de 1850 a 2005.

Após levantarem os dados, foram elaboradas projeções em cenários anuais de agora até 2100. A maneira como cada "bloco" se comportou frente às alterações climáticas, infelizmente, não deixou dúvidas de que serão cada vez mais prejudicados pelo aquecimento, cerca de 73% das espécies cruzarão a linha limite simultaneamente.

Caso o aumento atinja 4 °C até 2100, pelo menos um quinto da vida como conhecemos desaparecerá somente por causa disso (sem contar o restante da cadeia, afetado indiretamente). Ainda assim, há esperança: se os acordos internacionais forem respeitados e a redução de emissão de gases não causar uma elevação de temperatura maior que 2 °C, apenas 2% dos espécimes serão afetados, o que não é pouca coisa, mas um cenário ainda reversível.

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