Vídeo: Banhistas fogem de mísseis ucranianos em praia na Crimeia
Quatro pessoas morreram no ataque, incluindo duas crianças
Foto: Reprodução
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra pessoas correndo do ataque de mísseis das Forças Armadas da Ucrânia (AFU) a Sebastopol na Crimeia, neste domingo (23) que atingiu centenas de pessoas em praia da região. O ataque militar matou quatro pessoas, incluindo duas crianças, além de 150 feridos.
“Vinte e sete delas eram crianças. Quatro pessoas morreram, incluindo duas crianças”, detalhou Mikhail Razvozhaev, governador da cidade, em uma reunião de funcionários do governo, na manhã de segunda-feira (24), que começou com um minuto de silêncio.
Três mortos eram moradores locais. A quarta vítima, uma criança, era de outra região da Federação Russa.
“Há casos em que, em estado de choque, as pessoas foram para casa pensando que tinham uma pequena escoriação. Depois que começaram a se sentir pior, foram ao hospital e foram encontrados fragmentos (de mísseis) em uma tomografia computadorizada”, observou Razvozhaev
Segundo a agência de notícias russa Tass, o diretor do Departamento da Saúde da Penísula afirmou que 74 pacientes estão em tratamento e, no total, mais de 30 equipes de ambulâncias trabalharam durante o incidente. Os drones utilizados pelas Forças Armadas da Ucrânia (AFU) no ataque da Crimeia, eram norte-americano.
“A responsabilidade pelo ataque deliberado de mísseis aos civis de Sebastopol recai, acima de tudo, em Washington, que forneceu essas armas à Ucrânia, e pelo regime de Kiev, de cujo território esse ataque foi realizado”, alegou o Ministério de Defesa da Rússia.
Nem a Ucrânia, nem os Estados Unidos comentaram o ataque, até o momento. O Kremlin ressaltou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, está “em contato constante com os militares” desde a ofensiva contra península. O país prometeu resposta, sem dar mais detalhes.
Embaixadora convocada
A embaixadora dos EUA em Moscou, Lynn Tracy, foi convocada para comparecer ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia. A mulher teria recebido uma diligência por causa do ataque a Sebastopol, de acordo com o departamento diplomático russo.
O órgão enfatiza que os Estados Unidos se tornaram, na verdade, parte do conflito contra a Ucrânia ao fornecer “às Forças Armadas da Ucrânia [Forças Armadas Ucranianas] as armas mais modernas”.
Isto inclui mísseis ATACMS, com ogivas cluster usadas contra os residentes de Sebastopol. “Eles têm a mesma responsabilidade que Kiev por esta atrocidade”, acrescentou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia
Anexação Crimeia
A Rússia anexou a Crimeia em 2014 e considera a península do Mar Negro como parte do território. Apesar disso, a maior parte do mundo ainda considera a região como parte da Ucrânia.
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