Vídeo: Comerciante critica fechamento seletivo de lojas após novo decreto em Recife
Estabelecimentos considerados não essenciais estão fechados pelos próximos 10 dias

Foto: Reprodução
O empresário e proprietário da rede Narciso Enxovais, José Narciso Maia, teve loja fechada na área Central do Recife após tentar passar despercebido no novo decreto que proíbe atividades não essenciais em Pernambuco. A rede que é referência em itens de cama, mesa e banho, passou a comercializar alimentos e materiais de limpeza para permanecer aberta.
De acordo com Narciso, os produtos foram às prateleiras com o objetivo de evitar o fechamento da loja pelos próximos 11 dias, iniciados ontem (18), conforme o decreto determinou.
"Eu botei sabendo mesmo que vai fechar, então eu vou ser um supermercado, eu não quero fechar. Comprei produto alimentar, eu já tinha trocado meu CNAE [Classificação Nacional de Atividades Econômicas], já tinha pego a autorização. Uma empresa mexer na estrutura dela para se adaptar à realidade não é burlar, é uma tentativa de se adaptar às novas circunstâncias. Se só tá dando sardinha, eu tenho que mudar minha rede", justificou.
Na ocasião, ele chegou a criticar que os agentes de fiscalização são os primeiros a causar aglomerações e não cumprir os protocolos de segurança. E pontuou que há uma desigualdade na fiscalização realizada pelos profissionais.
"Eu acabei de passar pelas Lojas Americanas que tem uma proposta similar a minha. Lá vende enxoval, caixa de bombom, panela, produtos de cabelo e etc. A Lojas Americanas está lá aberta, porque ninguém foi lá fiscalizar? Porque é grande. Há uma uma perseguição em complô com essas grandes redes junto com esses governos de Estado para apreender os pequenos [negócios] que geram emprego", criticou.
"Se é pra fechar, fecha todo mundo. Eu estou de acordo porque nenhum empresário é a favor da doença. A gente só quer trabalhar. Por que deixaram as concessionárias de veículos abertas? Por causa de Schwanbach, que foi secretário do Governo do Estado. O que é que tem concessionária de útil? É uma vergonha o que Pernambuco está fazendo com os empresários", completou indignado.
Segundo o empresário, são duas mil famílias que atualmente dependem da Narciso Enxovais, e que ele não gostaria de desempregar como foi feito no primeiro lockdown, decretado em 2020. "Peço apelo e Justiça para todos e não apenas para algumas empresas que estão abertas porque se dizem essenciais, mas não são. Concessionárias são essenciais aonde?", conclui ao questionar.


