Vídeo: defesa diz que transferências entre Bolsonaro e Mauro Cid tinham valores 'pífios' e cita movimentação de R$ 348
Ao todo, em 4 anos de mandato, foram R$ 634 mil transferidos em dinheiro vivo
Foto: Alan Santos/PR
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que as transações em dinheiro vivo identificadas pela Polícia Federal, envolvendo o tenente-coronel Mauro Cid e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, são valores "pífios".
Na terça-feira (16), o advogado Fabio Wajngarten disse à imprensa que os repasses tiveram como origem a conta pessoal de Bolsonaro e que os valores eram pagos em dinheiro, em caso de despesas envolvendo "pequenos fornecedores e fornecedores informais".
Os saques eram feitos por Mauro Cid, então ajudante de ordens, por questões de segurança.
"O que está se falando aqui é sobre transações do dia a dia de manutenção da família do presidente, até porque os valores envolvidos são absolutamente pífios", disse Wajngarten.
Já o advogado Daniel Tesser citou uma conversa entre duas assessoras de Michelle: Cintia Borba Nogueira e Giselle dos Santos Carneiro da Silva. Eles argumentam que os valores comentados por elas chegam a R$ 348.
A defesa informou que, ao longo de quatro anos de mandato, as transferências somaram R$ 634 mil, sendo R$ 129.160 mil em 2019; R$ 147.790 mil em 2020; R$ 171 mil em 2021; e R$ 186.300 em 2022.
Segundo Wajngarten, um perito criminal criminal será contratado para demonstrar que não há "nenhum desajuste entre entradas e saídas de recursos".
Tesser afirmou que era feita uma contabilidade interna em uma planilha do Excel. "Tudo que era pago tinha que ter recibo, porque eles faziam um bate com a conta do presidente para demonstrar para onde vai o dinheiro sacado. Esse livro-caixa existe e será periciado."