Vídeo: Delegado Ricardo Amorim fala sobre a importância da prisão em crimes de intolerância religiosa: "Você é um criminoso como todos os outros"
Delegado explica a atuação da DECRIN em casos de intolerância religiosa e destaca a importância de conscientizar sobre a gravidade dos crimes
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Foto: Farol da Bahia
Em entrevista ao Podcast Podomblé, o delegado Ricardo Amorim, da Delegacia Especializada de Investigação de Crimes de Racismo, Xenofobia, LGBTFobia e Intolerâncias Correlatas (DECRIN), compartilhou sua experiência no combate aos crimes de intolerância religiosa. Amorim destacou a seriedade com que a delegacia lida com esses casos e a importância da prisão em flagrante para conscientizar os criminosos sobre a gravidade de seus atos.
"Já tivemos casos de prisão em flagrante em que a pessoa não compreende a seriedade do que fez. Quando falo para o acusado que ele está preso, ele fica surpreso. Aí eu digo, 'Você vai ficar preso, e a palavra que você usou aqui é o suficiente para isso', e a pessoa não entende a gravidade do crime cometido", contou o delegado.
Ricardo explicou que muitas pessoas, ao serem presas por intolerância religiosa, não enxergam a gravidade das ações. "Até os autores de crimes de racismo e intolerância religiosa acham que o que fizeram não é tão grave. E é aí que temos que dar as ‘porradinhas’, entre aspas, para que entendam que são crimes sérios, com consequências reais", afirmou Amorim.
O delegado ressaltou que, assim como outros criminosos, aqueles que cometem crimes de intolerância religiosa devem ser tratados com a mesma severidade, passando por processos legais, como a audiência de custódia. "Você vai para a audiência de custódia, igual o rapaz que roubou um mercado. Você é um criminoso como todos os outros", concluiu.
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