Vídeo: deputada federal defende autonomia administrativa e financeira das universidades estaduais
Segundo Alice Portugal, o ensino superior é fundamental para uma 'mão de obra qualificada'
Foto: Farol da Bahia
Conhecida por ser "advogada da educação", a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), defendeu que as universidades tenham autonomia administrativa e financeira para que se movimentem com os próprios orçamentos e não dependam apenas do orçamentos federal e estadual. Na Bahia, as universidades estaduais paralisaram as atividades no último mês e, pelo menos quatro, decretaram o fim da greve na tarde de quarta-feira (16), após aceitarem um acordo.
"Na estaduais, eu penso que tem que dar mais autonomia às universidades. O governador Jerônimo é professor estadual, o que facilita muito essa visão. Tem que dar autonomia administrativa e financeira para elas se mexerem com seus próprios orçamentos e buscarem conveniamento sem alterar a rota pública", declarou à imprensa nesta quinta-feira (17), durante participação no evento de expansão do programa Pé de Meia no estado baiano.
A proposta de recomposição salarial foi aceita pelas Universidades Estaduais do Sudoeste da Bahia (Uesb); de Feira de Santana (Uefs), da Bahia (Uneb) e de Santa Cruz (Uesc).
"Nós ajudamos muito, mas nós sabemos que isso não é suficiente. Nós precisamos fazer com que uma parcela maior do orçamento federal seja destinado às universidades. O ensino superior é a construção a superestrutura da inteligência nacional e nós sabemos que para ter a soberania, precisamos de uma mão de obra adequadamente formada. Nós melhoramos, mas ainda temos deficiências muito fortes", pontuou a parlamentar.
Segundo a deputada, os contingenciamentos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) "foram enormes" e somados com a alta dos juros leva a uma série de problemas. "Entre eles, é não ter como destinar a fatia do orçamento suficiente", acrescentou.
Alice Portugal destacou ainda que sempre é a favor da greve porque é necessário disputar as fatias do orçamentos. "Apoiamos a greve porque achamos que deve ser lutado, unidade e luta. Eu sou do governo Lula, mas eu apoio a luta porque é preciso trazer mais. Disputar as fatias. Disputamos, ganhamos e agora é cumprir os acordos que foram feitos", concluiu.
Confira o vídeo abaixo: