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Vídeo: Doleiro revela como família Marinho escondeu milhões de dólares no exterior por 30 anos

Reportagem foi compartilhada pelo presidente Jair Bolsonaro

Por Da Redação
Ás

Vídeo: Doleiro revela como família Marinho escondeu milhões de dólares no exterior por 30 anos

Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou nas redes sociais, na manhã desta segunda-feira (21), uma reportagem exclusiva do programa Domingo Espetacular, na Record TV (veja vídeo abaixo), sobre como os herdeiros da família Marinho, proprietários da Rede Globo, conseguiram esconder por 30 anos milhões de dólares no exterior.  

Preso e condenado pela Operação Lava Jato, Cláudio Barbosa, conhecido como Tony, contou como foi contratado para não declarar os milhões de dólares dos irmãos Marinhos, João e Roberto, donos de uma das maiores emissoras de comunicação do Brasil. À Record TV, ele explica que começou a realizar o serviço para a Rede Globo em meados dos anos de 1986 e 1987, e que toda a sonegação só parou quando ele foi preso pela Polícia Federal.  

"Eles não me chamavam para pedir dez mil dólares, referente a reais. Eram sempre valores de 200 mil a 300 mil dólares. Normalmente eram 500 mil reais, um milhão de reais", contou. 

Tony explica que não se recorda da frequência com que esses valores eram solicitados, mas que ele entregou todos os documentos que comprovam ao Ministério Público Federal em 2018, e que os comprovantes de todos extratos estavam guardados em um sistema. "Mas posso falar, por exemplo, que a cada 10 dias eram 300 mil dólares", deduziu. 

Segundo a reportagem, Tony foi convidado a participar do grupo criminoso pelo Dario Messer, conhecido por ser o doleiro dos doleiros, e era em festas milionárias que ele conquistava os clientes, e teria sido assim que ele teria iniciado uma amizade com os irmãos Marinho. Contudo, Tony afirma que ele não conheceu os donos da Globo, e nem eles o conhecem. 

O doleiro Tony conta que nos Estados Unidos havia uma pessoa que controlava a conta corrente do exterior e tinha acesso as empresas. "Eu também tinha uma pessoa no Rio de Janeiro, que era quem recebia em reais. Eu tinha que entregar a alguém esse dinheiro e por acaso era um ex-diretor da Globo [José Aleixo]", afirmou. 

As entregas que até 2003 eram feitas diretamente na emissora Globo, ocorriam dentro de uma sala, já que o doleiro Tony não concordava em entregar em garagens ou ambientes escondidos porque para ele "garagem parece coisa de traficante" e não era aceitável. 

"Antes da entrega eu sempre mandava um dos meus funcionários ir até a portaria para informar que tinha uma encomenda para José Aleixo. Isso servia para que o porteiro conferisse se ele estava lá, se não estava em almoço, se ele estava ocupado e ver se ele estava sabendo da encomenda, para quando a minha equipe chegasse, não ficar parado na rua com um milhão de reais", detalhou.

Ao longo de pelo menos cinco anos, a família Marinho conseguiu pelo menos R$ 80 milhões em transações do gigante esquema criminoso. "Um cliente bonito, sem envolvimento com nada, que aguarda receber R$ 500 mil na sua casa, debaixo do ar condicionado, ele está se envolvendo com doleiro, que antes era agente financeiro e hoje é criminoso. Ele está se envolvendo com sonegação, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro", disse.  

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