Vídeo: 'É um cantor polêmico', diz Jerônimo sobre Kannário abandonar trio no Campo Grande
Segundo governador, Sufotur vai apurar se pagamento do cachê será parcial ou integral

Foto: Farol da Bahia
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) comentou, nesta quarta-feira (5), sobre o episódio do cantor Igor Kannário interromper a apresentação e abandonar o trio pipoca que puxava na noite de segunda (3), no Circuito Osmar (Campo Grande), em Salvador.
Segundo o petista, o artista é "polêmico por natureza" e a Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Sufotur) deve apurar e decidir se o pagamento do cachê será parcial ou integral.
"O Igor Kannário é sempre um cantor polêmico, por natureza. É a natureza do artista e é aquilo que agremia as pessoas no entorno dele e quem gosta do estilo. Nós novamente patrocinamos o Igor para fazer um show para o público", iniciou o governador durante coletiva no Camarote da Polícia Militar, em Ondina.
O chefe do Executivo baiano destacou ainda que Kannário foi contratado porque o cantor se coloca como da favela e, por esse motivo, é necessário ter a diversidade no Carnaval.
"Assim como tem Armandinho que canta aquelas músicas mais velhas, tem o estilo de Igor, que se coloca que é da favela, que precisa ter e é a diversidade', acrescentou.
"A Sufotur deverá compreender o que foi que houve para apurar e tomar a decisão, mas não podemos escandalizar ninguém. Nós temos a democracia da cultura, que é isso o Carnaval", finalizou sem prolongar sobre o assunto.
Entenda o caso
A apresentação de Kannário foi interrompida por ele após o artista reclamar da forma que os policiais militares estavam tratando os foliões e criticou o uso de spray de pimenta durante a folia. "Façam o trabalho com consciência e responsabilidade. Há famílias que estão aí embaixo. Se ver alguém badernando... precisa de spray de pimenta? Prende. O uso é prejudicial. Estou rouco aqui já", reclamou.
Ainda no trio, o cantor também pediu uma reunião com o Comandante-Geral da PM-BA, Coronel Coutinho, para resolver a questão da postura dos PMs durante seu show.
"[Minha] pipoca precisa ser respeitada como a de Bell, Saulo. Não sou ladrão, não sou traficante, não devo nada e preciso de vocês [policiais] aqui para proteger as mulheres, os trabalhadores", disse.
"Não consigo mais, já deu para mim. Obrigada, gente", concluiu ao deixar o palco do trio.
Veja declaração: