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Política

Vídeo: Eliana Calmon diz que era 'mané' por não acreditar na manipulação das urnas na vitória de Lula

Ex-ministra do STJ também fez duras críticas a Alexandre de Moraes e ao Judiciário como um todo

Por Da Redação
Ás

Vídeo: Eliana Calmon diz que era 'mané' por não acreditar na manipulação das urnas na vitória de Lula

Foto: Gilmar Félix/CNJ

Ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon sugeriu que houve manipulação do resultado das eleições presidenciais de 2022, que deram vitória ao agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Algumas pessoas diziam que existia um sistema e que já estava tudo preparado: quem iria ganhar era Lula. E eu nunca acreditei nisso, mas hoje acho que eu sou efetivamente uma mané. Quando eu vi o [ministro do Supremo Tribunal Federal Luis Roberto] Barroso falando 'perdeu, mané' a alguns eleitores, eu critiquei, mas depois achei de uma sinceridade grande, porque ele nos viu como nós somos, nós somos manés. Nós acreditamos nas eleições, acreditamos no Tribunal Superior Eleitoral, fomos para as urnas votar e fomos desrespeitados", disse ela, em entrevista à jornalista Leda Nagle.

A jurista baiana também criticou o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, por supostas ações autoritárias à frente da Corte.

"E o senhor Alexandre de Moraes? Eu tenho ele aqui na minha prateleira, estudei pelos livros dele. Ele comentou toda a Constituição. Eu sempre achei ele um homem de bem. Ele foi do Conselho Nacional de Justiça e era um conselheiro espetacular. Eu, inclusive, me aproximei dele. Mas hoje até a fisionomia é diferente. Eu vejo um homem enlouquecido pelo poder", afirmou.

Para Eliana, não só Moraes, como todo o Judiciário está corrompido e é conivente e atuante na suposta manipulação das urnas.

"Eu falo mesmo, porque as pessoas estão com medo e não querem falar. E sabe por que estão com medo? Porque nós, quando tínhamos desconfiança do Legislativo, da polícia, recorríamos ao Judiciário para assegurar nossos direitos. Mas quando é o Judiciário que rompe esse direito, vamos recorrer a quem?", questionou.

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