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Vídeo: "Espaço para garantir a liberdade de culto e de vida", diz Ialorixá Jaciara Ribeiro sobre delegacia de Combate ao Racismo

Unidade foi inaugurada nesta terça (21), no dia nacional de combate à intolerância religiosa, no bairro Engenho Velho de Brotas

Por Inara Almeida , Bélit Loiane
Ás

Atualizado
Vídeo: "Espaço para garantir a liberdade de culto e de vida", diz Ialorixá Jaciara Ribeiro sobre delegacia de Combate ao Racismo

Foto: Farol da Bahia

No dia nacional de combate à intolerância religiosa, nesta terça-feira (21), foi inaugurada em Salvador a primeira delegacia especializada contra crimes de ódio, a Delegacia de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa (Decrin), no Engenho Velho de Brotas. Ao Farol da Bahia, a Ialorixá Jaciara Ribeiro, filha de Mãe Gilda de Ogum e ativista das causas do povo de axé, comentou a importância dessa inauguração - que, segundo ela, representa um espaço "para garantir o direto à liberdade de culta, mas também à liberdade de vida".

"Dia muito especial, no dia nacional contra a intolerância religiosa e 25 anos da morte de Mãe Gilda. É um avanço, estamos aqui demarcando território [...] é importante termos um espaço desse e trazer as políticas públicas. Só através da educação a gente consegue coibir esse racismo e esse ódio", disse a sacerdotisa.

A Ialorixá aproveitou o momento para referenciar mulheres negras e Ialorixás "que foram silenciadas", como Makota Valdina, Mãe Stella, Mãe Menininha do Gantuá e Marielle Franco. "O Candomblé é uma religião matriarcal, são as mulheres que têm que estar à frente, mas também tem que ter um espaço desse para garantir o direito da liberdade de culto, mas também a liberdade de vida", completou Jaciara Ribeiro.

A sacerdotisa destacou ainda que a delegacia não é um espaço exclusivo para pessoas de candomblé, mas para qualquer crime de ódio. "A gente quer a passividade e o amor", pontuou.

Embora seja um crime no Brasil, conforme estabelece o Código Penal, dados sobre intolerância religiosa crescem a cada ano. Em 2024, segundo o Painel da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, foram 3.853 casos de violações de liberdade de religião ou crença, quase o dobro do ano anterior, em que o serviço registrou 2.124 casos. Na Bahia, os números da ouvidoria apontam que houve 281 violações relacionadas à intolerância religiosa no ano passado.

Veja declaração: 


 

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