Vídeo: "Esse registro literário traz a mensagem que precisamos viver dentro da diversidade", analisa candomblecista sobre reflexões em histórias de orixás
Oswaldo Copque e Rafael Mota são os convidados em mais um episódio do Podomblé, da FB Comunicação
Foto: Reprodução/Farol da Bahia
Os candomblecistas Oswaldo Copque e Rafael Mota foram os convidados em mais um episódio do Podomblé, uma produção da FB Comunicação. Durante o diálogo, com o host Adriano de Azevedo, Oswaldo detalha sobre histórias literárias dentro da cultura do candomblé.
No bate-papo, o pesquisador conta um importante registro sobre Obaluaê, orixá da cura e das doenças. Também conhecido como Omolu, ele tem uma roupa de palha que cobre o corpo, também servindo para aliviar as dores causadas pelas feridas: "(Obaluauê) não mostra a face dele, em função das varíolas, das chagas, das quais ele carrega, então ele, em respeito ao mundo, se caracteriza dessa forma".
Com isso, Copque contextualiza uma festa dos orixás em "um barracão, na própria mata", onde é celebrado uma festa na qual o único ausente é Obaluaê, que ficou "escondido entre as folhas".
Dentro da história, a orixá dos ventos "Oyá" foi ao encontro dele e convence-o a participar da festa, conseguindo com êxito: "Dentro de um determinado momento, Oyá seduziu, trouxe ele ao meio do salão e começaram a bailar. Ela, como é o vento, chamou aquela ventania e as palhas deles subiram. Quando subiram, o que se era chaga se transformaram em pipocas, o que deixou todo mundo feliz. E aí todos puderam admirar o quão belo é Obaluaê", finaliza a história Copque.
Então, o candomblecista conclui sua fala exaltando a mensagem passada pela história citada. "Esse registro literário traz a mensagem que precisamos viver dentro da diversidade, dentro do acolhimento, acolher os diferentes", destaca Oswaldo.
O episódio completo do "No Farol" foi conduzido por Adriano de Azevedo e está disponível no canal do YouTube da FB Comunicação.
Veja um trecho abaixo:
