Vídeo: "Eu não confio no nosso poder judiciário", afirma Joaci Góes ao comentar atuação do STF
Advogado criticou condenações do dia 8 de janeiro e caso Bolsonaro
Foto: Farol da Bahia
O advogado, escritor e palestrante Joaci Góes comentou, nesta quinta-feira (21), sobre o posicionamento do Judiciário diante do indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos atos de 8 de janeiro. Durante entrevista no Farol da Bahia, Góes afirmou que prefere aguardar os desdobramentos para formar uma opinião mais sólida, mas criticou o que considera excessos nas decisões judiciais.
"Eu não confio no nosso poder judiciário que eu prefiro aguardar os fatos para saber o que é que há de verdade nessas acusações que estão sendo levantadas, porque quando eu acompanhei o julgamento daquelas pessoas que protestaram no dia 8 de janeiro e que foram tomadas como golpistas, eu nunca vi nada mais impróprio, nada mais Infame, nada mais distante da verdade”.
Para Joaci, o Supremo Tribunal Federal (STF) foi desproporcional ao julgar os atos do dia 8 de janeiro e classificou as condenações como “ridículo brutal”.
“Houve no Brasil manifestações, se não com aquela intensidade, mas daquele número em que as pessoas foram consideradas por esse mesmo judiciário como manifestantes e terá sido pela primeira vez na história da humanidade que um grupo de pessoas incluindo homens e mulheres de idade e crianças, sem portarem um canivete fizeram um movimento, naturalmente condenável de depredação de bens públicos, ser confundido com um golpe de estado contra a segunda mais poderosa Forças Armadas do continente americano isso é uma coisa de um ridículo brutal”, afirmou.
"E a sensibilidade do Judiciário brasileiro de condenar apenas superiores dá 10 anos até 17 anos cidadãos de família que tinha uma folha absolutamente impecável de conduta pessoal, o que existiu foi uma grande indignação de pessoas que não queriam um prisioneiro, uma personalidade que liderou o mais escandaloso o movimento de corrupção da história do mundo voltasse à presidência da república”, considerou.
Ainda na entrevista, Góes questionou se o planejamento de ações criminosas, por mais condenáveis que sejam, justifica condenações tão severas. E demonstrou ceticismo em relação a atuação do STF.
“Então, se esses cidadãos vierem a ser condenados porque pensaram em eliminar alguns líderes nós então vamos modificar o código penal, porque planejar uma ação criminosa por mais condenável que ela possa ser no plano moral, não legitima de modo algum o resultado de uma condenação. Agora, eu não duvido absolutamente nada do que o nosso Supremo Tribunal Federal, pela maioria dos seus membros, porque devemos registrar que ali há sim ministros à altura das suas atribuições, o que esse Supremo possa vir a fazer para escandalizar a consciência jurídica brasileira e mundial", concluiu.
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