Vídeo: homem discursa contra Bolsonaro em vigília após prisão e é agredido
Ao discursar, Ismael Lopes afirmou que Bolsonaro havia aberto 700 mil covas na pandemia

Foto: Reprodução/X
CAIO SPECHOTO
A vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em defesa de Jair Bolsonaro (PL) teve um momento de confusão quando um homem que se identificou como pastor fez um discurso com críticas ao ex-presidente.
Ismael Lopes, que afirmou ser pastor, tomou a palavra depois que dois outros religiosos tinham discursado em apoio a Bolsonaro, preso preventivamente neste sábado (22) por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Ao discursar, Ismael Lopes afirmou que Bolsonaro havia aberto 700 mil covas na pandemia, em referência aos mortos pela Covid-19. Também defendeu a condenação de Bolsonaro no processo da trama golpista.
Apoiadores bolsonaristas que estavam no local começaram a hostilizar Lopes ao perceberem que o discurso era crítico ao ex-presidente.
Lopes deixou a aglomeração e passou a ser perseguido por apoiadores de Bolsonaro. Foi derrubado e agredido.
Policiais que faziam a segurança do local intervieram com spray de pimenta. Lopes deixou o local em uma viatura, rumo à delegacia, para registrar boletim de ocorrência.
A vigília, convocada por Flávio, teve a presença de políticos aliados e algumas centenas de apoiadores. O senador chamou de esdrúxula a decisão de Moraes que determinou a prisão de Bolsonaro.
O senador foi o principal responsável por convocar a vigília de orações por Bolsonaro em frente ao condomínio onde o ex-presidente foi preso. A realização do ato foi uma das razões citadas por Moraes ao determinar a prisão preventiva de Bolsonaro. O magistrado mencionou risco à ordem pública pela organização da vigília.
Flávio chegou ao local com seu irmão Carlos Bolsonaro (PL), vereador no Rio de Janeiro, e de outros políticos do campo bolsonaristas.
Eles estavam acompanhados por políticos como o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), e os deputados federais Helio Lopes (PL-RJ) e Bia Kicis (PL-DF).
O senador também defendeu um projeto de anistia que beneficie a seu pai e a outros condenados no processo da trama golpista.
A vigília ocorreu em um estacionamento em Brasília próximo à entrada do condomínio onde Bolsonaro mora e estava em prisão domiciliar.
Um pequeno trio elétrico foi estacionado no local tocando músicas religiosas e amplificando as falas dos presentes.


