Vídeo: Hugo Motta afirma que lealdade ao governo não exige concordância com todas as propostas
Declaração foi feita após reunião com os ministros Rui Costa e Gleisi Hoffmann sobre a votação do projeto que anula o decreto do governo sobre o IOF

Foto: Reprodução/Farol da Bahia
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), afirmou que o Congresso não tem obrigação de concordar com todas as propostas do governo. A declaração foi dada, nesta segunda-feira (16), após reunião com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Gleisi Hoffmann (PT), que discutiu as medidas relacionadas ao IOF.
Motta também afirmou que há um esgotamento entre os parlamentares em relação a medidas que visam elevar a arrecadação apenas por meio de aumento de impostos, sem considerar cortes de gastos.
O deputado ressaltou que é preciso manter uma relação de lealdade entre a Câmara e o governo, mas destacou que isso não significa submissão: "A lealdade não está implícita de que você tem que concordar com tudo que o governo envia para a Casa".
Ele reiterou a posição da Câmara como um contraponto responsável ao Executivo: "O Congresso, a Câmara dos Deputados, tem sido a âncora de responsabilidade e, quando se tem essas medidas que nos incomodam, nós temos a capacidade, sim, de expressar esse sentimento. Foi isso que eu disse ao Presidente da República no último sábado, porque a relação tem que ser sempre de lealdade", afirmou.
Motta declarou ainda que não há novo prazo para o envio de uma nova proposta por parte do governo sobre o tema.
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A Câmara deve votar na noite desta segunda-feira (17) o requerimento de urgência para um projeto que susta o decreto do governo que elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras. A sessão, prevista para as 18h, estava atrasada até a última atualização deste texto.
Veja declaração: