Vídeo: Jerônimo diz que não vai aceitar que ex-prefeitos não realizem transição de governo para novos gestores
O governador afirmou que vai protocolar um pedido de atenção com os casos para o TJ-BA e o MP-BA
Foto: Farol da Bahia
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou nesta terça-feira (21), que não vai aceitar que prefeitos e prefeitas derrotados nas eleições municipais de 2024, não realizem a transição de governo para os novos eleitos. O chefe do Executivo pretende protocolar um pedido com os casos e encaminhar para o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e ao Ministério Público Estadual da Bahia (MP-BA).
"Eu pretendo fazer um relatório, embasado em fatos reais, meu jurídico e a PGR vão olhar, para que a gente possa entregar ao TJ e ao Ministério Público. Eu não compreendo, não me conformo e não aceito de forma nenhuma que um prefeito ou prefeita que perca a eleição, não faça a transição com dignidade. Não estou dizendo nem sobre dinheiro em caixa, isso é outra coisa, mas informações tem que ter", disse durante evento em que sancionou a lei que cria a Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa (Decrin).
Segundo o chefe do Executivo, todo novo gestor que assume a prefeitura precisa ter informações sobre os funcionários e cidadãos, para que os atendimentos e serviços não sejam paralisados.
"Não pode um prefeito receber e a prefeitura e não ter a lista de funcionários concursados, como também não pode o novo gestor não receber a lista de pessoas que fazem o tratamento de hemodiálise, por exemplo. Como que a gente vai tratar essas pessoas? Tem listas que são obrigatórias para que o atendimento e a prefeitura não parem", destacou o petista.
Na última semana, o governador teceu críticas aos seis ex-prefeitos que deixaram prejuízos nas cidades de Lauro de Freitas, Jacobina, Juazeiro, Curaçá, Correntina e Ilhéus, após acusações de irregularidades no processo de transição dos cargos.
Na ocasião, ele também não poupou os aliados, como é o caso da ex-prefeita Moema Gramacho (PT), que foi acusada pela atual prefeita de Lauro de Freitas, Débora Regis (UB), que comprometer as contas públicas após deixar dívidas previdenciárias superiores a R$ 50 milhões e uma folha de pagamento de dezembro de 2024 não quitada, no valor de R$ 42 milhões.
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"Eu vou protocolar um pedido de atenção do Ministério Público e do TCM [Tribunal de Contas do Município], porque precisam saber e, se não sabem, eu vou informar. Eu como líder máximo da política da Bahia, como governador, não posso abrir mão de me inquietar e me indignar com atitudes equivocadas de políticos que não fazem o seu papel com a devida orientação da Constituição Federal", finalizou o governador.
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