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Vídeo: Jornalista do Estadão denuncia: Lula ignora erros de ministro

Juscelino Filho, das Comunicações, aparece em investigação sobre irregularidade de emendas parlamentares

Por Da Redação
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Vídeo: Jornalista do Estadão denuncia: Lula ignora erros de ministro

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem ignorado as acusações que cercam o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil). Em reportagem publicada no Estadão, o jornalista Tácio Lorran denuncia que os erros do ministro são noticiados desde janeiro, mas que o chefe do Executivo Federal decidiu manter Juscelino no cargo. 

A terceira fase da Operação Benesse, deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira (1º), teve como um dos alvos Luanna Rezende, irmã do ministro e prefeita afastada de Vitorino Freire, no Maranhão. A ação da PF tem como alvo uma organização criminosa suspeita de promover fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro com verbas da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em três cidades do estado. 

A investigação da PF teve início depois de uma matéria do Estadão sobre Julimar Alves da Silva Filho, então gerente da Codevasf, que foi afastado do cargo, mas continuava recebendo, do dinheiro público, um salário de R$ 20 mil. 

Em janeiro, quando Juscelino Filho estava no seu mandato como deputado federal, eleito pelo Maranhão, ele destinou recurso do orçamento secreto para asfaltar uma estrada que passa em frente à sua fazenda em Vitorino Freire, que é a cidade natal do ministro. A propriedade já contava com pista de pouso e heliponto. Os recursos dessas emendas financiaram obras da empresa Contruservice, contratada pela Codevasf. 

O ministro também já foi alvo de outras polêmicas no governo. Em março, ele foi acusado de usar um avião da FAB para compromissos particulares em São Paulo, onde participou de um leilão de cavalo. Após reunião e pressão do Centrão, Lula decidiu manter Juscelino no cargo. 

O Estadão também mostrou que Juscelino não declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 2,2 milhões em cavalos de raça. Além disso, ainda quando deputado, o ministro contratou como assessor parlamentar o motorista Waldenôr Alves Catarino, que passou quase dez anos trabalhando em uma roça enquanto era pago pela Câmara. Ao Estado de S. Paulo, o homem afirmou que foi contratado, mas que nunca trabalhou na Casa. 

O piloto da aeronave e o gerente do haras de Juscelino também foram pagos com recurso da Câmara. Apesar de estarem lotados no gabinete do suplente do ministro, os dois cumprem expediente nas propriedades do chefe das Comunicações. 

O sogro de Juscelino também foi autorizado por ele a despachar no gabinete do ministério como se tivesse um cargo público. A Comissão de Ética Pública abriu processo para investigar o caso. 

Depois da operação da PF, Juscelino teve seus bens bloqueados pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele e outros novos suspeitos. A irmã do ministro, a prefeita Luanna Resende, de Vitorino Freire (MA), foi afastada do cargo. O pedido da PF de busca e apreensão contra o chefe das Comunicações do governo Lula foi negado pelo magistrado. 

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