Vídeo: Lula diz que não fará bravata' para conter valor dos alimentos; presidente nega que tenha autorizado aumento do diesel
Inflação em percurso de alta tem causado temor ao governo e com isso o Banco Central aumentou, novamente, juro básico da economia
Foto: José Cruz | Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contestou, em entrevista com jornalistas nesta quinta-feira (30) no Palácio do Planalto, sobre o aumento do preço dos alimentos e do diesel.
A inflação dos alimentos, tem gerado temor ao governo, o mercado e os consumidores neste mês de janeiro.
O petista declarou que não irá fazer "bravata" e nem irá colocar medidas extremas na questão, como forma de prevenir o aparecimento de efeitos como o mercado paralelo dos produtos.
"Eu não tomarei nenhuma medida daquelas que sejam 'bravata'. Eu não farei cota [de compras], não colocarei helicóptero para viajar fazenda e prender boi, como foi feito no Plano Cruzado. Não vou estabelecer nada que possa significar o surgimento de mercado paralelo", declarou Lula.
"O que nós precisamos fazer é aumentar a produção de tudo aquilo que a gente produz. Fazer com que a chamada pequena e média agricultura – que são responsáveis pela produção de quase 100% dos alimentos – possa produzir mais. Para isso, a gente precisa fazer mais financiamento, modernizar a produção dessa gente", continuou.
Lula afirmou também que deseja se reunir com setores produtivos para compreender os motivos de alguns aumentos de preços. Como exemplo, mencionou o óleo de soja e a carne.
"Quando eu cheguei na presidência, o preço do óleo de soja tinha caído para R$ 4. E agora, subiu para R$ 10 ou R$ 9. Ou seja, qual a explicação de o óleo de soja ter subido? Não tenho outra coisa que não chamar os produtores de soja para saber. Por que o preço da carne, que caiu 30% em 2023, voltou a subir? É apenas a exportação? É a questão da matriz?", indagou.
Diesel
Lula também chegou a falar sobre a alta do diesel, e negou que tenha “autorizado” o aumento do preço do combustível. Ele afirmou que ainda que a Petrobras opte por um reajuste, o preço final nos postos, devem continuar abaixo do que era cobrado no final do ano de 2022.
"Eu não autorizei o aumento do diesel. Porque desde o meu primeiro mandato, eu aprendi que quem autoriza o aumento do petróleo e dos derivados de petróleo é a Petrobras, e não o presidente da República", afirmou o presidente.
"Se ela [Petrobras] for fazer, ainda assim vai garantir que o preço do diesel fique abaixo do que era em dezembro de 2022. Mas ainda não fui avisado, e ela não precisa me avisar. Se ela tiver uma decisão de que, para a Petrobras, é importante fazer o reajuste, ela que faça e comunique a imprensa", finalizou o petista.
Veja declaração:
