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Política

Vídeo: "Meu voto foi não", diz Glauber Braga sobre projeto que pune "deputados brigões"

O projeto agora deve passar pelo conselho e vir ao plenário da câmara, segundo o deputado

Por Laiz Menezes , Victor Lee
Ás

Atualizado
Vídeo: "Meu voto foi não", diz Glauber Braga sobre projeto que pune "deputados brigões"

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

BRASÍLIA -- Em entrevista ao Farol da Bahia, nesta quarta-feira (12), o deputado federal Glauber Braga (PSOL) declarou voto contrário ao projeto aprovado na Câmara que pune os "deputados brigões". Para ele, os parlamentares da esquerda e que fazem oposição ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), serão alvo de perseguição após a aprovação do texto. 

"Meu voto foi não. Acho que no cenário que a gente está vivenciando, a ampliação de poderes com a força que tem Arthur Lira aqui, não só no plenário da Câmara, mas no próprio Conselho de Ética, para você ter a aplicação de sanção de suspensão sumária para cima de deputado, está na cara que isso vai sobrar prioritariamente para a esquerda ou aqueles que se contrapõem mais evidentemente contra as posições do Lira", afirmou Braga. 

Nesta quarta, a Câmara aprovou o projeto, apresentado por Lira, que permite a suspensão do mandato de deputados federais por até seis meses. A medida visa prevenir confrontos acirrados entre os políticos (quebra de decoro parlamentar). Inicialmente, quando foi apresentado na terça-feira (11), o texto autorizava a Mesa Diretora da Casa a suspender o mandato de forma liminar, mas após negociações, a decisão final caberá ao Plenário. 

Ainda assim, a Mesa Diretora da Casa, composta por 11 parlamentares e liderada por Lira, poderá apresentar uma representação contra um deputado por quebra de decoro - medida que antes da aprovação do texto não estava prevista no regimento interno da Câmara.

"Sem dúvida nenhuma, e aí eu faço esse reconhecimento, o texto que estava tramitando ontem [terça] conseguia ser pior do que aquele que foi deliberado no hoje. Isso também é verdade, porque o de ontem dava a ele a possibilidade de uma suspensão sumária e pessoal", ponderou Glauber. 

Com as mudanças no texto, o pedido de suspensão do mandato do parlamentar, apresentado pela Mesa Diretora, terá que passar pelo Conselho de Ética, que deverá deliberar em até três dias úteis. Caso não seja votado nesse prazo ou haja recurso após a decisão do Conselho, a representação será levada ao plenário.

Glauber Braga, no entanto, mesmo com as alterações no texto, ainda considera que as medidas impostas pelo projeto não serão benéficas. "Agora vai ter que passar pelo Conselho de Ética e vir ao plenário da Câmara, mas continua sendo suspensão sumária [que pula etapas] e a gente não pode aprovar suspensão sumária de parlamentar, entendendo que as garras, as tentativas de perseguição vão prioritariamente contra, repito, aqueles deputados que se contrapõem à política de Lira e companhia", finalizou.

Confira mais no vídeo abaixo:

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