Vídeo: mulher denuncia abuso de autoridade e racismo durante abordagem policial na Garibaldi, em Salvador
Vítima é manobrista de carro que trabalha para Clínica CAM; PM não se manifestou sobre o caso
Foto: Reprodução
Uma paciente da Clínica CAM denunciou ao Farol da Bahia um caso de abuso de autoridade e racismo institucional por parte de agentes da Polícia Militar (PM) na manhã desta quarta-feira (16), em frente à unidade hospitalar, no bairro da Garibaldi, em Salvador.
Na ocasião, um manobrista da Sol Park, empresa que presta serviço de estacionamento para a clínica, foi abordado “a tiros” por policiais militares no momento em que voltava do estacionamento com o carro da cliente. Segundo a denúncia, o funcionário estava prestes a entregar a chave para a dona do carro quando tudo aconteceu. O caso gerou confusão no local e, segundo a denúncia, uma mulher chegou a passar mal.
Imagens de câmeras de segurança enviadas ao Farol da Bahia mostram o momento exato em que policias dentro de uma viatura abordam o manobrista, um homem negro. Em entrevista, a advogada da Sol Park disse que o funcionário negro dentro de um carro “de luxo médio” chamou atenção dos policiais.
“A empresa Sol Park presta serviço de manobrista para a Clínica CAM, que não tem estacionamento próprio. Então, a gente pega o carro dos clientes e coloca em outra localidade. Quando o cliente chega, o manobrista busca o carro e devolve. Nesse caso, no momento em que o manobrista foi entregar o carro da cliente passava uma viatura da polícia no local. Na ocasião, os policiais simplesmente desceram atirando. Não perguntaram nem do que se tratava. Viram um negro dentro de um carro de luxo médio e fizeram a abordagem atirando. Foi uma confusão na clínica. É o típico caso de racismo que, infelizmente, é comum na Polícia Militar da Bahia”, disse a advogada.
Segundo ela, um boletim de ocorrência já foi lavrado. O Farol da Bahia entrou em contato com a Polícia Militar, que não respondeu os questionamentos até o fechamento desta matéria, às 18h44.
Atualização:
A Polícia Militar da Bahia respondeu o Farol da Bahia, por e-mail, às 19h desta quarta-feira. Na nota, afirma que desconhece o caso. "As unidades do perímetro "não possuem nenhum registro de ocorrência dessa natureza", afirma na resposta.