Vídeo: 'O Brasil tem que fugir da ideologia', diz Matheus Oliva sobre impactos do 'tarifaço' global
Segundo o consultor de negócios, impactos chegarão ao Brasil tanto de forma positiva quanto negativa
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Ao avaliar o cenário de escalada global de tarifas, impulsionada pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e como isso pode afetar o Brasil, o consultor de negócios Matheus Oliva afirmou que é preciso "fugir da ideologia" e agir com estratégia para definir o que é melhor para o país.
"Vai afetar? Vai. E a gente precisa ter muita calma e fugir da ideologia. A gente tem que ir para a estratégia, racionalismo, o que é melhor para o Brasil. Não necessariamente o que é melhor para os Estados Unidos é melhor para o Brasil, não necessariamente o que é melhor para a China é melhor para o Brasil. A gente tem que saber pensar, dialogar, conversar com as partes atuantes", destacou.
Ainda de acordo com Matheus Oliva, os impactos chegarão ao Brasil tanto de forma positiva quanto negativa. "Vai chegar também com oportunidade. Cabe a nós sabermos trabalhar", completou o consultor de negócios.
Oliva também avaliou que, neste momento, o Brasil, o qual descreveu como "extremamente burocrático", deveria reduzir as tarifas e incentivar a economia exportadora, bem como a produtividade.
No último sábado (1), Trump anunciou tarifas adicionais de 25% sobre as importações do México e do Canadá, e de 10% sobre as da China. No entanto, as medidas contra México e Canadá foram adiadas por um mês após negociação.
Em resposta, a China divulgou, nesta terça-feira (4), que vai impor tarifas adicionais de 15% sobre a importação de carvão gás natural liquefeito e de 10% sobre petróleo e maquinário agrícola provenientes dos Estados Unidos. As medidas entram em vigor na próxima segunda-feira (10).
O republicano também fez ameaças aos países do Brics, bloco econômico do qual o Brasil faz parte, com ameaças de taxação de até 100%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu, e afirmou que reagirá com reciprocidade caso isso aconteça. "Eu quero respeitar os Estados Unidos e quero que o Trump respeite o Brasil. É só isso. Se acontecer, está de bom tamanho", exigiu o mandatário brasileiro.
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