Vídeo: Olívia Santana é acusada de boca de urna durante votação em Salvador
Agentes da polícia acusaram deputada de realizar boca de urna em frente à zona eleitoral
Foto: Reprodução/ Redes Sociais
A deputada federal Olívia Santana (PCdoB) se envolveu em uma confusão junto com policiais e militantes petistas, neste domingo (30), em frente ao Colégio Henriqueta Martins, no bairro da Federação, em Salvador.
Em um vídeo, os agentes destacam que a parlamentar estaria fazendo boca de urna, o que é proibido pela Justiça Federal. Nas imagens, ela aparece junto de militantes portando bandeiras com as imagens do candidato ao Governo do Estado, Jerônimo Rodrigues (PT)
A deputada, em nota, negou que estive realizando boca de urna, e disse ter chegado ao colégio pra votar junto à família, e que os militantes teriam "feito festa" com a chegada e os policiais interpretaram como boca de urna.
Confira a nota da deputada na íntegra:
Gente eu já estou bem. Eles não vão estragar o nosso dia. Eu fui votar com a minha família, no Colégio Henriqueta Martins Catarino. A militância me recebeu com festa, em frente à escola. Dois policiais, truculentos, partiram pra cima da gente, do nada. Um deles disse que nos daria voz de prisão por estar fazendo boca de urna. Eu disse que aquilo era um absurdo, que eu conhecia a lei é que eles não poderiam usar suas fardas e suas armas para violar os nossos direitos. Nosso pessoal estava fora da escola. Não era nada demais. Em certa altura, eu disse que o policial mais agressivo parecia um bolsonarista. Ele retrucou. - Sou bolsonarista porque não voto em ladrao? O parceiro dele também fez coro dizendo que eles eram policiais e não votavam em ladrão. Eu perguntei quem era o ladrão. Insisti pra que dissessem. Eles confirmaram que era Lula. Um absurdo! Eu disse que eles eram a vergonha da polícia baiana, eles tomaram a bandeira de um militante, eu segurei e eles puxaram da minha mão. Depois o mais violento foi pra cima de uma mulher que carregava uma criança no colo e carregava a bandeira de Lula. Corri para proteger ela, como vocês podem ver no vídeo.
O que aconteceu foi um ato de covardia. Ele fez o que fez porque estava diante de mulheres negras, homens negros, de pessoas da periferia. Mesmo eu sendo uma deputada, fui tratada de maneira altamente desrespeitosa. Aos olhos impregnados pelo racismo, uma preta será sempre uma preta.
Foi ultrajante ver minha mãe de 88 anos assistindo aquilo e tentando interferir naquela cena grotesca. É o que mais me doeu.
Fiz o contato com o coronel Coutinho, comandate da Polícia Militar, e pedi providências. Ele promoveu a retirada dos policiais e ficou de promover o processo de apuração dos fatos. Não podemos baixar a cabeça para os violentos. Temos que defender o nosso direito de existir e defender nossas ideias.
Apesara de todo ódio nós vamos vencer!