Vídeo: ONU ressalta a urgência de ações imediatas para conter o aquecimento global

Um recente relatório da agência de ciência climática da ONU ressaltou a urgência de ações imediatas para conter o aquecimento global a 1,5ºC acima das temperaturas pré-industriais. Cortes significativos no uso de combustíveis fósseis, o cultivo de florestas e a redução do consumo de carne foram apontados como medidas cruciais.

Enquanto as advertências sobre as mudanças climáticas persistem desde 1990, as emissões globais continuam a aumentar, atingindo níveis históricos na última década. Este cenário coloca as emissões globais em rota para ultrapassar o limite de aquecimento de 1,5ºC estabelecido no Acordo de Paris de 2015.

O relatório destaca que o verão de 2023 foi o mais quente registrado, conforme dados do Serviço de Alterações Climáticas da União Europeia. Com temperaturas médias globais 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, os especialistas alertam que a meta de manter o aquecimento global abaixo de 1,5ºC está fora de alcance.

O Copernicus Climate Change Service, financiado pela UE, revelou que as temperaturas médias globais do ar à superfície permaneceram mais de 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais por vários dias em junho, enquanto os representantes climáticos se preparavam para as conversações anuais no Dubai, em novembro.

Agosto de 2023 foi o mês mais quente já registrado globalmente, marcando o terceiro recorde consecutivo após junho e julho. As temperaturas bem acima da média também foram observadas em várias regiões, incluindo Austrália, América do Sul e Antártica.

Este aquecimento extremo, segundo o relatório, não apenas desafia as metas climáticas estabelecidas, mas também sinaliza possíveis pontos de virada climáticos. Sem ações climáticas agressivas, estima-se que o aquecimento global atinja 2,8ºC até o final do século.

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