Vídeo: Personalidades comentam sobre assédio do bloco As Muquiranas no Carnaval de Salvador
Vídeo que circula nas redes sociais mostra os foliões cercando uma mulher que participava do bloco
Foto: Reprodução / Redes Sociais
Foliões do bloco As Muquiranas, protagonizaram uma cena de horror na tarde da última terça-feira (21), durante a passagem do bloco no circuito Osmar no Campo Grande, em Salvador. Em um vídeo é possível ver o momento em que uma mulher é cercada por Muquiranas, que utilizavam armas de água.
A presidente da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia, a vereadora Marta Rodrigues (PT) repudiou o episódio. Para a vereadora, é preciso que medidas rígidas sejam tomadas para que casos como os que vem sendo relatados não voltem a acontecer no próximo carnaval.
"É inadmissível que a gente tenha que assistir a repetição destas cenas grotescas e absurdas em todo Carnaval", disse.
"Estamos cansadas de tanto machismo, misoginia e lgbtfobia que presenciamos e somos vítimas por associados deste bloco. Isso não é cultura, não é tradição na festa que deveria ser de paz, diversão e respeito. O Bloco precisa tomar uma postura em relação a isso, orientar seus associados, fiscalizar, ou então tem que acabar. Não queremos mais apenas pedidos de desculpas. Queremos providências ", afirmou.
A mulher é constantemente empurrada de um lado a outro, até a chegada dos guardas municipais que ajudam a conter a situação.
Nas redes sociais, o caso repercutiu de forma negativa e muitas personalidades comentaram a respeito. A jornalista Luana Assiz, chegou a afirmar que o bloco é "um grande erro do carnaval de Salvador"
Já a vereadora Maria Mariguella afirmou que o bloco onde homens se vestem de mulheres, está "naturalizando o ataque as mulheres".
A professora na Universidade Federal da Bahia Maíra Kubík, afirmou que acredita que é importante ressignificar o sentido do bloco e não extingui-lo, para que casos como esses não voltem a acontecer.
A deputada federal Lídice da Mata também se posicionou a respeito, afirmando que acredita que precisa haver melhorias em relação ao bloco.
Em nota, o bloco divulgou que "é contra qualquer tipo de violência, preconceito e assédio e lamenta qualquer atitude que evidencie essas práticas".
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