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Vídeo: presos do 8 de janeiro na Argentina reclamam de condições nas prisões do país: 'pior que a Papuda'

Condenados foram presos no Brasil, mas fugiram após serem soltos para cumprir medidas restritivas

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Vídeo: presos do 8 de janeiro na Argentina reclamam de condições nas prisões do país: 'pior que a Papuda'

Foto: Reprodução/Redes sociais

Os brasileiros que foram presos na Argentina por participação nos atos criminosos do 8 de janeiro de 2023 denunciaram terem os direitos humanos violados nos presídios do país vizinho. Em entrevista ao UOL, eles também detalharam as condições precárias das instalações e compararam com a da Penitenciário da Papuda, em Brasília. 

Entre as principais reclamações dos brasileiros, estão a falta de cuidados médicos, falta de comida e higiene,  sujeira e ameaça de morte de outros detentos. 

"Meus 49 dias preso (na carceragem de Jujuy) foram mil vezes piores do que meus 11 meses na Papuda. (...) Um lugar que não tem o mínimo de direitos humanos. Era uma cela solitária, que não tinha banheiro, tinha apenas um buraco no chão e uma canequinha pra tomar banho, um fiozinho d'água que você não tem noção do que era... Pernilongo para todo lado", conta Wellington Luiz Firmino, de 35 anos, que foi condenado a 17 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O entregador de aplicativo Rodrigo Ramalho lesionou o menisco do joelho e rompeu os ligamentos na cadeia em Ezeiza ao sofrer um tombo. Segundo ele, em uma carta enviada da prisão à (associação de famílias de investigados do 8 de Janeiro) em 21 de março, até hoje não conseguiu realizar um raio X no local. 

"Faz um mês [que houve a lesão] e sequer tiraram o raio-X. Estou aguardando ressonância, raio-X, fisioterapia e consulta com ortopedia", escreveu ele. Antes de chegar a Ezeiza, Rodrigo diz ter ficado detido em uma delegacia em La Plata, na região de Buenos Aires, sem acesso a banho de sol e alimentação. Ele estava no mesmo local com Joelton Gusmão.

Os condenados também denunciam a falta de comida na cadeia. Eles afirmaram ao UOL que pedem que amigos e familiares comprem comida e levem a eles. 

"É um puré e um pedaço de frango, mas é muito pequeno", exemplifica Ana Paula. Outro tipo de prato: "uma salada e uma carne", diz ela. Segundo eles, os presidiários recebem apenas duas refeições, o almoço e o jantar. No café da manhã, costuma ser servido apenas um chá mate, de acordo com Firmino.

Firmino disse que ele, Ramalho, Borges e Gusmão não estudam nem trabalham porque são proibidos. Também não fazem atividades físicas por falta de interesse e problemas de saúde. O único livro da casa é uma Bíblia. O grupo só se anima para ver filmes na TV, que passam entre 1h e 2h30.

Ao todo, cinco fugitivos do 8 de janeiro aguardam os julgamentos dos pedidos de extradição feitos pelo governo brasileiro, o que está previsto para acontecer ainda este mês. 

O grupo havia sido preso no Brasil, mas fugiu para a Argentina após ser solto para cumprir medidas restritivas. 

Veja vídeo: 

 

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