Vídeo: Sargento D'Almeida diz que policiais disparam tiros com sua arma na pousada
PM segue internado no Hospital Regional de Itabuna em estado estável
Foto: Reprodução
O sargento D’Almeida, policial militar que foi baleado durante uma operação na terça-feira (27), em Itajuípe, conta que estava dormindo quando teve o quarto invadido. No vídeo gravado nesta quarta-feira (28), no Hospital Regional de Itabuna, onde está internado, ele afirma que a sua arma foi utilizada pelos agentes.
Ainda de acordo com D’Almeida, ele informou que era policial, mas ainda assim foi atingido. “Eu acordei com o barulho dos tiros, fui alvejado duas vezes. Não sei se caí no chão ou se me joguei. Eles quebraram a janela e a porta. Os policiais entraram e eu gritei: ‘eu sou polícia, me dê socorro’. Ainda assim, me alvejaram mais três vezes. Me deixaram lá. Eu saí me arrastando até a porta do quarto. [...] Um policial o tempo todo apontando um fuzil pra mim, dizendo que ia me matar. [...] Só depois de mais ou menos uma hora me conduziram à uma viatura, ainda assim de forma hostil.”
De acordo com o sargento, ele foi encaminhando para uma unidade de saúde, após usarem sua arma. “Fizeram vários disparos com a minha arma dentro do quarto. E depois me trouxeram para o hospital”.
Além do sargento D’Almeida, o subtenente Alves também estava na pousada. Ambos fariam a segurança do candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) que teria agenda de campanha em Coaraci, município vizinho. O subtenente Alves morreu no local.
O estado de saúde do sargento é estável e não há risco de morte. Outros dois policiais também ficaram feridos na ação, mas não há informações sobre o estado de saúde deles.
Operação
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), a operação começou a partir da perseguição a um investigado por assalto a banco que teria rompido a tornozeleira eletrônica após deixar o Complexo Penitenciário de Lauro de Freitas.
Segundo a SSP, a Polícia Militar foi acionada para atender um chamado de pessoas armadas em uma pousada em Itajuípe. O caso é investigado pela Corregedoria da PM.
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