Vídeo: 'Se julgamento for estritamente jurídico, não há por quê condenar', diz defesa de Bolsonaro sobre julgamento do STF
Paulo Bueno também afirmou que Bolsonaro não deve comparecer às sessões por orientação médica devido à saúde

Foto: Rosinei Coutinho/STF
O advogado Paulo Amador Bueno, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na ação penal da tentativa de golpe de Estado, afirmou nesta quarta-feira (3) que, se o julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) for estritamente jurídico, não há razão para condenação do ex-mandatário.
"Se o julgamento for estritamente jurídico, não há por quê condenar o ex-presidente Bolsonaro. Se houver influxos de política é outra questão, mas se for estritamente jurídico, ele tem de ser absolvido", disse Bueno em entrevista à imprensa, em Brasília.
"A prova é muito ruim, a acusação é muito fraca, a imputação de fatos que sequer são criminosos, então, se seguir uma linha de raciocínio estritamente jurídica, não haveria como se promover uma condenação", acrescentou o defensor do político.
O advogado também comentou sobre a saúde do ex-presidente e afirmou que a orientação médica é de que ele permaneça de resguardo em casa, onde também cumpre a prisão domiciliar. Segundo Bueno, Bolsonaro segue com crises de soluço. "O ex-presidente tem uma saúde extremamente fragilizada hoje. Eu tive com ele e ele tem tido crises de soluços muito fortes. A orientação médica é de que de fato ele permaneça [em casa], porque é muito estressante aqui, tanto do ponto de vista físico, quanto emocional, é uma situação bastante delicada, e são muitas horas de julgamento, então, a recomendação médica é que de fato ele mantenha um certo resguardo em casa, detalhou.
O julgamento, que teve início nessa terça-feira (2), analisa a participação do ex-presidente e de outros sete réus, o chamado "núcleo crucial", na trama de tentativa de golpe de Estado em 2022.
Veja declaração: