Vídeo: vereador é denunciado por invadir consultório e expor médica em Cuiabá; vítima solicitou demissão do hospital após episódio

O vereador do município de Várzea Grande, no Cuiabá, Kleberton Feitoza Eustáquio (PSB), foi denunciado por uma médica do pronto-socorro da cidade por invasão de consultório e exposição indevida. O caso que a médica se refere ocorreu no dia 6 de março, durante o plantão da profissional, e foi registrado em boletim de ocorrência. Um vídeo sobre o caso repercutiu nas redes sociais no início desta semana.

O vídeo foi compartilhado pelo próprio vereador nas redes sociais, enquanto reclamava do atendimento na unidade. Nas imagens é possível ver que o homem invade a área de descanso da unidade a procura da médica e a acusa de não ter comparecido no local de trabalho mesmo estando na escala.

Conforme as informações no boletim de ocorrência, o vereador entrou na sala médica sem autorização e começou a gravar um vídeo. A médica acusada pelo vereador informou à polícia que estava em horário de descanso e precisou ficar 30 minutos escondida no banheiro para evitar ser exposta pelo homem.

Ela contou que recebeu uma ligação da chefia do hospital, que solicitou que ela retornasse ao consultório pois o diretor do pronto-socorro estava na unidade. A mulher disse que retornou as atividades e enquanto atendia o paciente, o vereador invadiu a sala, começou a filmar e a acusou de não estar cumprindo o horário de trabalho.

A mulher detalhou que após o ocorrido não conseguiu mais trabalhar no hospital e pediu demissão da unidade. Ela informou que se sentiu coagida com a atitude de Kleberton e que está muito assustada com toda a situação.

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) informou que acompanha a situação e que irá ingressar com representação na Câmara e na Justiça.

O caso foi registrado na Delegacia da Polícia Civil de Várzea Grande que investiga a ocorrência.

Vereador já foi preso por promover aglomeração na pandemia

Kleberton já foi preso há três anos por promover uma festa na própria casa durante a pandemia, além de ter desacatado guardas e policiais que foram chamados para encerrar a festividade.

Na época, o vereador se recusou a entregar os documentos aos policiais e ameaçou os guardas dizendo que iria "atrasar a promoção" deles. Equipes da Vigilância Sanitária também foram acionadas e aplicaram multas pela aglomeração.