Vítimas de explosão em casa de fogos de Crisópolis eram casadas
Casal morreu na explosão ocorrida na quarta-feira (14). Filha deles está internada em hospital de Salvador
Foto: Arquivo pessoal/G1
As duas pessoas que morreram na explosão da casa de venda de fogos de artifício, que também funcionava como fábrica clandestina, em Crisópolis, a cerca de 212 km de Salvador, eram casadas. Ebervan Souza Reis, de 49 anos, e a esposa, Fernanda Santana Batista, 35, ficaram desaparecidos depois do incidente e foram encontrados mortos sob os escombros. A filha do casal, uma adolescente de 13 anos, ficou ferida na explosão, ocorrida na última quarta-feira (14), e está internada em hospital de Salvador.
O proprietário do estabelecimento, identificado pelo prenome de Paulo, foi preso no mesmo dia. Informações iniciais também apontam que ele faz parte da mesma família, e seria pai de Ebervan.
A filha do casal, Talia Batista Reis, está internada na ala de queimados do Hospital Geral do Estado (HGE). Não há detalhes do estado de saúde dela. Além das duas vítimas mortas, outras três pessoas foram resgatadas dos escombros, mas com vida. No total, ao menos 10 pessoas ficaram feridas na explosão.
Moradores de Crisópolis informaram que a família tinha um histórico de produção e venda de fogos de artifícios no município, um negócio que era passado de pai para filho há cerca de 100 anos. Contudo, o prefeito da cidade, Leandro Dantas, disse que não sabia que o local funcionava como uma fábrica clandestina. Nesta quinta (15), o prefeito disse que a prefeitura sabia apenas que havia uma banca de vendas no centro da cidade, na Avenida Nelson Santiago. Ele disse ainda que Crisópolis não tem tradição na fabricação de fogos de artifício.
O diretor-superintendente da Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), Paulo Sérgio Menezes, que está na cidade de Crisópolis nesta quinta-feira, disse que ainda há risco de desabamentos no local da explosão, por causa dos danos nas estruturas.
“É um trabalho muito difícil, muito cuidadoso, criterioso, porque ainda tem estrutura que corre o risco de desabar. Temos informações de que ainda existe uma quantidade de explosivos nessa laje e então todo o trabalho está redobrado. O Corpo de Bombeiros e os nossos técnicos estão tendo todo um cuidado para que não ocorra um segundo desastre, porque seria muito pior, até pela quantidade de gente que já está trabalhando nessa área", disse. Ainda segundo Paulo Sérgio, o apoio da Polícia Militar também será importante na região, para evitar que os curiosos se aglomerem no local.
O dono do estabelecimento foi autuado pela posse e fabricação de artefato explosivo sem autorização e está preso à disposição da Justiça. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizou a perícia no local.